Comissão da Câmara aprova exigência de detector de monóxido de carbono onde há equipamento a gás
Inalação de gás carbônico causou intoxicações e mortes nos últimos anos no país. Projeto segue para CCJ antes de se tornar lei
A exigência de detectores de monóxido de carbono em imóveis que têm aquecedores de água, equipamentos de calefação e outros utensílios movidos a gás foi aprovada nesta quinta-feira (9) pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados.
Esse projeto tramita em caráter conclusivo na comissão, o que quer dizer que ele não vai precisar ir a plenário para discussão pelos 513 parlamentares da Casa. Agora, ele segue para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), responsável por verificar se o texto é constitucional, onde passa a valer como lei se for aprovado.
O monóxido de carbono é um gás sem cor eliminado em processos de combustão que geram fogo e calor, como aquecedores a gás, e pelo escapamento de um veículo em funcionamento. Caso seja inalado em espaços fechados, pode ser fatal.
Autor da proposta, o deputado André Figueiredo (PDT-CE) reforçou o perigo da difícil identificação e disse que a exigência dos detectores vai auxiliar na "identificação de vazamentos antes que causem danos, uma vez que o gás é de difícil detecção pelos sentidos humanos".
No início de janeiro, quatro jovens morreram asfixiados na cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, após inalar monóxido de carbono dentro do carro em que estavam. Em junho de 2023, um casal morreu em um chalé na cidade de Monte Verde, em Minas Gerais, após inalar essa mesma substância sem identificação. Relembre o caso: