Caiado classifica eleição de 2026 como "divisor de águas" e diz que estratégia da direita é ter candidatos regionais
Governador de Goiás afirmou que lançar mais de um nome evita "massacre da máquina do governo" e destacou que ex-presidente é o único capaz de unificar a direita

Vicklin Moraes
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou nesta segunda-feira (25) que a estratégia da direita para as eleições presidenciais de 2026 deve ser o lançamento de candidaturas regionais. Pré-candidato ao Planalto, ele defendeu que a oposição apresente vários nomes para evitar um “bombardeio” da máquina do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra um único adversário.
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"O que mais o governo quer é exatamente identificar um candidato agora. Vocês já pensaram o massacre que esse candidato vai passar? Vocês já imaginaram a máquina do governo em cima desse primeiro candidato?”, disse Caiado durante o Seminário Brasil 2025, promovido pelo Grupo Esfera Brasil, em São Paulo.
Segundo o governador, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) orientou governadores de centro-direita e direita, em conversa no Palácio dos Bandeirantes, a se lançarem individualmente à Presidência e "mais adiante ver" sobre apoio. Caiado classificou as eleições de 2026 como um "divisor de águas" para o país, que, segundo ele, decidirá entre a economia de mercado e a livre iniciativa ou um processo de estatização e concentração de poder.
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Em entrevista coletiva após o evento, Caiado ressaltou que Bolsonaro é o único capaz de aglutinar votos na direita, mas reforçou que não há restrições para que outros pré-candidatos retirem suas campanhas caso ele ou alguém de sua família seja lançado.
“Amanhã, se o presidente Bolsonaro resolver lançar alguém da família ou declarar apoio, tudo bem: respeita-se o processo. Agora, ele mesmo nos disse que todos nós saíssemos do processo. Então, não existe restrição dele em relação a esse fato específico”, afirmou.