Brasil vai atuar em 'solidariedade' à Venezuela na reunião da Celac, diz Mauro Vieira
Cúpula de Estados Latino-Americanos e Caribenhos na Colômbia terá a presença de Lula (PT); ministro afirma que tema não afeta negociações sobre tarifaço

Gabriela Vieira
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) tem em sua pauta "a solidariedade" à Venezuela. A posição do Brasil segue a visão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que a América do Sul deve ser “uma região de paz e cooperação”.
"Essa reunião vai tratar da sua agenda, da sua pauta, e é um apoio, uma solidariedade regional à Venezuela, tendo em vista que o presidente [Lula], repetidamente, já disse —e é a posição da nossa política externa— que a América Latina e, sobretudo, a América do Sul, onde nós estamos, é uma região de paz e cooperação", afirmou nesta quarta-feira (5), em Belém.
+Mauro Vieira terá nova reunião com secretário de Estado dos EUA na próxima semana
O encontro, que terá a presença do presidente Lula, vai acontecer em 9 e 10 de novembro em Santa Maria, na Colômbia. Durante a reunião, chefes de Estado da América Latina e União Europeia discutirão temas regionais.
Segundo Vieira, será um encontro de "solidariedade" à Venezuela e para ressaltar que a América Latina é uma região de paz, após os ataques militares dos Estados Unidos contra embarcações no Caribe, perto da costa venezuelana, que Washington alega se tratar de navios transportando drogas.
O apoio à Venezuela, no entanto, não atrapalha as negociações do tarifaço. “Continuarei mantendo os contatos que tenho tido regularmente“, disse Vieira.
"Nosso contato com os Estados Unidos diz respeito sobretudo às questões comerciais e tarifárias bilaterais", acrescentou.
Em relação a Vieira e às negociações do tarifaço, ele terá um novo encontro com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, na próxima semana, no Canadá, às margens de uma reunião ministerial do G7.
O governo também espera uma reunião de negociação com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB). A expectativa é que aconteça até a semana que vem, mas ainda não há nada confirmado.









