Carlos Bolsonaro critica silêncio de Moro sobre inelegibilidade do ex-presidente
Em post no Twitter, vereador e filho de Jair Bolsonaro reclamou da postura de ex-ministro do pai
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) usou o Twitter para criticar o silêncio do senador e ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro sobre a inelegibilidade de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, definida após condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Na tarde deste sábado (1º.jul), o filho do ex-presidente se manifestou em resposta a um tuíte de uma influencer bolsonarista que reclamou do silêncio de Moro sobre o assunto.
Ela publicou uma foto antiga do senador ao lado de Alexandre de Moraes, presidente do TSE e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), com a seguinte mensagem: "Alguma manifestação do Moro em relação à inelegibilidade de Bolsonaro? Registre-se".
Nas replies, Carlos escreveu: "A terceira via tá chamuscando a beirola!". Moro foi ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro entre 2019 e 2020, e deixou o cargo alegando interferência do então presidente na Polícia Federal. Mesmo assim, o ex-juiz apoiou Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022.
Ao contrário de Moro, Deltan Dallagnol, ex-procurador da Lava Jato, se manifestou sobre a condenação de Bolsonaro em longo post no Twitter. O deputado cassado argumentou que "o alinhamento político dos ministros e os interesses em jogo determinaram o destino do julgamento".
1. A cassação de Bolsonaro eram favas contadas, não porque exista um fundamento jurídico firme para a inelegibilidade, mas porque é consenso que a cúpula da Justiça se tornou cúpula da Política. A capa dos autos, o alinhamento político dos ministros e os interesses em jogo?
? Deltan Dallagnol (@deltanmd) July 1, 2023
Bolsonaro inelegível
Jair Bolsonaro não poderá disputar as eleições de 2024, 2026 e 2028 após ser condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão da reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022.
Na ocasião, o ex-presidente atacou, sem apresentar provas, o sistema eleitoral brasileiro e o voto eletrônico.