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Política

Protesto foi organizado em redes e com uso de códigos

PF analisa redes sociais de envolvidos em atos de vandalismo no DF; "Festa da Selma" foi um dos termos usados

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DF
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O protesto que terminou na invasão aos prédios dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e depredação criminosa do patrimônio público, neste domingo (8.jan), por defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi convocado nas redes sociais antecipadamente.

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Em grupos do Telegram e Whatsapp e em redes como Twitter e Instagram, os grupos se organizaram para o ato deste fim de semana, contra a vitória do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A Polícia Federal (PF) analisa esses canais de comunicação.

Em um deles, os manifestantes convocaram os atos e, para dissimular, os organizadores usaram, em redes sociais abertas como o Twitter, a palavra Selma, para dissimular o grito de guerra militar Selva.

As mensagens são analisadas pelo setor de inteligência da PF. O grupo teria usado o termo "Festa da Selma" para se referir ao protesto organizado para este domingo, que acabou em vandalismo e crimes.

Um dos apoiadores dos atos, Isac Ferreira, postou o termo e convocou todos a levarem "suas bíblias e seus direitos". Neste domingo, ele acompanhou em postagens a invasão e os atos de depredação. Depois, acabou escrevendo que não apoiava "atos de vandalismo e violência".

Há mensagens também que mostram a organização logística, de fornecimento de transporte e alimentação para o ato. O protesto começou sem problemas, no meio da tarde. Após furarem o bloqueio da Polícia Militar, que fechava o acesso à Esplanada dos Ministérios, os envolvidos rumaram ao Congresso e começaram os ataques criminosos.

Invadiram o Congresso, o Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). Quebram e furtaram objetos dos prédios. A PF iniciou a colheita de imagens dos sistemas de segurança e também a análise das redes sociais das pessoas que convocaram o protesto e aqueles que participaram e registraram em vídeos os crimes.

No fim da noite, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), por 90 dias, pela demora na ação da PM. Ele ainda decretou a ordem de prisão em flagrante dos envolvidos nos atos criminosos, o bloqueio das redes sociais, entre outras. 

Na decisão, Moraes destacou que os atos eram conhecidos. "A escalada violenta dos atos criminosos resultou na invasão dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, com depredação do patrimônio público, conforme amplamente noticiado pela imprensa nacional, circunstâncias que somente poderiam ocorrer com a anuência, e até participação efetiva, das autoridades competentes pela segurança pública e inteligência, uma vez que a organização das supostas manifestações era fato notório e sabido, que foi divulgado pela mídia brasileira", afirmou.

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