CPI identificará perseguição política contra governadores, diz Witzel
Ex-governador afirma que há uma ação para sabotar o controle da pandemia e responsabilizar gestores
SBT News
Em coletiva no Senado Federal, após pedir para se retirar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, nesta 4ª feira (16.jun), o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel afirmou que a CPI vai chegar à conclusão de perseguição política contra governadores.
"Faço a análise de que essa CPI vai chegar a conclusão da construção de uma narrativa para responsabilizar os governadores por conta do declínio da economia [...] É uma ação planejada para sabotar o controle da pandemia e colocar a responsabilidade nos governadores", disse.
O ex-governador afirmou ser vítima de perseguição política desde o caso da vereadora Marielle Franco, assassinada em 14 de março de 2018. Segundo Witzel, a perseguição se deu pela promessa de dar independência à polícia para a investigação do crime.
"Tudo isso começou porque eu mandei investigar sem parcialidade o caso Marielle. Quando foram presos os dois executores, o meu calvário e a perseguição contra mim foi inexorável", disse.
"Ver um presidente da República em uma live lá em Dubai, acordar na madrugada para me atacar, para dizer que eu estava manipulando a polícia do meu estado. Ou seja, quantos crimes de responsabilidade esse homem vai ter que cometer até que alguém pare ele?", completou, em referência ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de quem já foi aliado.