Política
Esquerda tem que acenar ao centro para voltar ao poder, diz Renato Meirelles
Presidente do Instituto Locomotiva é o entrevistado deste domingo (28.fev) no Poder em Foco
SBT News
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Entrevistado do Poder em Foco, no SBT, deste domingo (28.fev), o presidente do Instituto Locomotiva e fundador do Data Favela, Renato Meirelles, afirmou que a esquerda será obrigada a se aproximar de partidos de centro para ter chances na disputa pela Presidência da República nas eleições de 2022. O comunicólogo e especialista em consumo e opinião pública avaliou, também, que o tom do discurso terá de ser mais agregador.
O presidente do Instituto Locomotiva avalia que a oposição ainda enfrenta dificuldades para projetar um nome nacional. "Nós não temos absolutamente nenhuma liderança de oposição consolidada, hoje, com condições de disputar a Presidência da República. A eleição é uma escolha entre quem se apresenta e se não tivermos uma solução que tente restabelecer a verdade factual no processo narrativo do Brasil, buscando o que une a nossa população e não o que separa, as chances de reeleição do presidente Jair Bolsonaro aumentam", concluiu.
O presidente do Locomotiva acredita que terá mais sucesso o candidato com discurso de empoderamento popular. "O candidato que disser: eu quero ganhar a eleição pra tirar poder dos políticos e dar poder pras pessoas, os candidatos que aumentarem o poder da democracia direta no processo de decisão, são candidatos que sem dúvida nenhuma vão conseguir mais rapidamente se reconectar com a população brasileira".
Para exemplificar, Meirelles lembrou dois nomes populares que aparecem como possíveis presidenciáveis e que podem dar esse tom ao eleitor. "Eu não tenho dúvidas. Isso vale para candidaturas como a de Joaquim Barbosa (ex-presidente do STF), ou a do Luciano Huck (apresentador), que têm condições de construir uma narrativa que volte a dar poder para o cidadão", opinou.
Renato Meirelles, 43 anos, é paulistano. Ele é autor dos livros Um País Chamado Favela e Guia para Enfrentar Situações Novas Sem Medo. É membro do conselho de professores do IBMEC, onde é o titular da Cadeira de Ciências do Consumo e opinião pública. Em 2012, fez parte da comissão que estudou a nova classe média brasileira para a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da presidência da República.
O Poder em Foco vai ao ar todo domingo, logo após o Programa Silvio Santos. É apresentado por Roseann Kennedy, que semanalmente recebe um jornalista convidado. Nesta semana é Ricardo Chapola, do site SBT News.
Para ele, as lideranças políticas precisam refletir sobre o recado dado pela população nas urnas. "Talvez alguns dirigentes da esquerda tradicional devam olhar um pouquinho para essas experiências de Porto Alegre em São Paulo, para entender melhor a demanda da população brasileira", orientou."Se a gente for olhar os vencedores do campo mais de esquerda, nas eleições, e não que ganharam a eleição, mas que tiveram os desempenhos mais significativos, que foram a candidata Manuela D'ávila (PCdoB-RS) e o candidato Guilherme Boulos (PSOL-SP), eles tiveram posturas bem mais ao centro do que uma parcela considerável dos candidatos do PT. Sinalizando mais do que une a população do que o que separa a população brasileira", disse Meirelles, em referência às eleições municipais de 2020.
O presidente do Instituto Locomotiva avalia que a oposição ainda enfrenta dificuldades para projetar um nome nacional. "Nós não temos absolutamente nenhuma liderança de oposição consolidada, hoje, com condições de disputar a Presidência da República. A eleição é uma escolha entre quem se apresenta e se não tivermos uma solução que tente restabelecer a verdade factual no processo narrativo do Brasil, buscando o que une a nossa população e não o que separa, as chances de reeleição do presidente Jair Bolsonaro aumentam", concluiu.
O presidente do Locomotiva acredita que terá mais sucesso o candidato com discurso de empoderamento popular. "O candidato que disser: eu quero ganhar a eleição pra tirar poder dos políticos e dar poder pras pessoas, os candidatos que aumentarem o poder da democracia direta no processo de decisão, são candidatos que sem dúvida nenhuma vão conseguir mais rapidamente se reconectar com a população brasileira".
Para exemplificar, Meirelles lembrou dois nomes populares que aparecem como possíveis presidenciáveis e que podem dar esse tom ao eleitor. "Eu não tenho dúvidas. Isso vale para candidaturas como a de Joaquim Barbosa (ex-presidente do STF), ou a do Luciano Huck (apresentador), que têm condições de construir uma narrativa que volte a dar poder para o cidadão", opinou.
Perfil
Renato Meirelles, 43 anos, é paulistano. Ele é autor dos livros Um País Chamado Favela e Guia para Enfrentar Situações Novas Sem Medo. É membro do conselho de professores do IBMEC, onde é o titular da Cadeira de Ciências do Consumo e opinião pública. Em 2012, fez parte da comissão que estudou a nova classe média brasileira para a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da presidência da República.
Poder em Foco
O Poder em Foco vai ao ar todo domingo, logo após o Programa Silvio Santos. É apresentado por Roseann Kennedy, que semanalmente recebe um jornalista convidado. Nesta semana é Ricardo Chapola, do site SBT News.
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