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Política

Assassinato de candidatos cresce com proximidade de eleições

Relatório aponta que foram mortos ou sofreram atentados 27 agentes políticos em 2020

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Arma jogada em terreno
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Entre janeiro de 2016 a setembro de 2020, 125 episódios de assassinatos ou atentados políticos foram registrados contra candidatos ou pré-candidatos. É o que mostra o relatório Violência Política e eleitoral no Brasil, realizado pela organização de direitos humanos Terra de Direitos e Justiça Global.

Das 125 ocorrências, 27 foram registradas neste ano, sendo 13 assassinatos e 14 atentados. Na média, são 27 casos do tipo por ano. Foram registrados crimes em 24 estados do Brasil. O número se aproxima do total de 2019, quando foram cometidos 32 crimes.

A maioria dos casos acontecem em cidades do interior (83%). O Nordeste lidera a estatística, com 55 casos. Na sequência, Sudeste (34), Norte (18), Sul (10) e Centro-Oeste (8).

As ocorrências, na maior parte, não estão resolvidas. 63% dos casos estão com investigações em andamento sem identificação de suspeitos. Candidatos, como deputado, vereador ou vice-prefeito, representam 12% dos crimes. Nos casos identificados, todos os suspeitos apontados como responsáveis são homens.

Vereadores, prefeitos ou vice-prefeitos eleitos, ou candidatos e pré-candidatos representam 91% dos 125 casos constatados pela pesquisa. 

A violência extrema é a marca dos crimes: na cidade de Batalha, em Alagoas, um vereador foi assassinado com 16 tiros, enquanto outro, do mesmo cargo, em Governador Nunes Freire, no Maranhão, foi morto com 15 perfurações no corpo.

O relatório também aponta outros crimes cometidos contra políticos, como ameaças, agressões, ofensas, invasões e criminalização.
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