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Política

PGR recorre de decisão do STF que negou pedido de perícia no celular de Moro

A Procuradoria-Geral da República argumenta que a perícia é necessária para garantir a ampla defesa no inquérito. Não há prazo para análise do recurso

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PGR recorre de decisão do STF que negou pedido de perícia no celular de Moro
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A Procuradoria-Geral da República recorreu da decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, que negou o pedido de perícia no celular do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro.

No recurso, a PGR argumenta que, apesar de não ter sido solicitada inicialmente, a perícia seria necessária para garantir a ampla defesa no inquérito. Segundo o ministro do Supremo, o aparelho já foi devolvido a Moro, o que impossibilitaria o exame. Não há prazo para que Celso de Mello analise o novo pedido da procuradoria-geral da República.

Em depoimento, Moro apresentou diálogos que manteve com o presidente Jair Bolsonaro, pelo celular, como prova das denúncias de tentativa de interferência do presidente na Polícia Federal. Agora, o inquérito que apura as acusações do ex-ministro da Justiça não está mais sob sigilo no Supremo Tribunal Federal.

Nos próximos dias, dez testemunhas devem ser ouvidas, entre elas, três ministros: general Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, Braga Netto, da Casa Civil, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo.

O relator do inquérito na Suprema Corte, ministro Celso de Mello, também estipulou um prazo de três dias para que o Planalto entregue as gravações da reunião de ministros do dia 22 de abril. No despacho, o ministro do STF pede "que as autoridades preservem a integridade do conteúdo, com sinais de vídeo e áudio para impedir que os elementos nela contidos possam ser alterados, modificados, ou até mesmo, suprimidos".

A reunião foi citada pelo ex-ministro da Justiça durante o depoimento à Polícia Federal, no último sábado (02), em Curitiba. Sergio Moro afirmou que, no encontro de 22 de abril, no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro cobrou a substituição do superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro, além de solicitar relatórios de inteligência e informação.

O ex-juiz da Lava Jato destacou ainda que as reuniões eram gravadas, como regras, e  que o próprio presidente ameaçou divulgar um vídeo de uma dessas reuniões, com informações contra Moro.
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