CCJ da Câmara realiza primeira audiência sobre reforma da Previdência
O ministro da Economia, Paulo Guedes, desistiu de comparecer à Câmara por ainda não haver um relator do caso
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O presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, Felipe Francischini, deu início na tarde desta terça-feira à primeira audiência pública sobre a reforma da Previdência na casa. A sessão conta com a presença do secretário especial de Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho.
Mais cedo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, desistiu de comparecer à CCJ, sob a justificativa de não haver ainda um relator para o caso. Técnicos foram enviados para a Câmara para representar o ministro, que irá à Comissão depois da definição do relator.
Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, comendou a decisão de Paulo Guedes antes do início da sessão na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. O político afirmou que respeita o ministro da Economia e demonstrou apoio a Guedes e à reforma: "O presidente da CCJ podia indicar o relator e, antes de votar, construir com o ministro a possibilidade dele vir à Câmara. Eu disse que receberia ele, mas não posso ficar debatendo a matéria. Meu limite é mostrar meu apoio a ele e a proposta dele."
CONTRA A REFORMA
Na manhã desta terça-feira (26), deputados de oposição divulgaram um documento em que pedem a rejeição da reforma da Previdência. A deputada Jandira Feghali e o deputado Alessandro Molon defenderam a unidade dos partidos de oposição contra a proposta enviada pelo governo.
"Queremos uma Previdência justa e segura. Queremos uma política capaz de fomentar a crianção de empregos decentes e o desenvolvimento econômico sustentável e inclusivo. Defendemos a Previdência Pública. Defendemos a Seguridade Social e por ela lutaremos. Direito não é mercadoria", afirma um trecho do documento que tem a participação de PDT, PT, PCdoB, PSB, PSOL e Rede.
Líderes partidários, entre eles representantes do Centrão, também divulgaram nota contrária a trechos da reforma da Previdência. MDB, PSD, PSDB e Solidariedade defendem a reforma, mas discordam de mudanças para trabalhadores rurais e BPC.