Aliado de Temer, ex-governador do Rio Moreira Franco também é preso
Moreira também foi ministro de Minas e Energia no governo do ex-presidente e, hoje, passa a integrar a lista de ex-chefes do executivo carioca a serem presos
O ex-governador do Rio de Janeiro e ex-ministro, Moreira Franco, também foi preso nesta quinta-feira (21) em mais um desdobramento da Lava Jato.
Moreira é aliado político do ex-presidente Michel Temer e um dos nomes mais importantes do MDB no estado do Rio.
Moreira foi preso no Rio, poucos minutos após chegar de Brasília. A Polícia Federal o aguardava no Aeroporto Internacional Tom Jobim, porém, o ex-ministro saiu por por outro acesso.
Agentes perseguiram o carro o carro de Moreira Franco e o interceptaram em uma avenida movimentada. Em seguida, ele foi conduzido à Delegacia da Polícia Federal, localizada dentro do Galeão.
A defesa do ex-ministro manifestou inconformidade com a prisão cautelar, afirmando que Moreira se encontrava em lugar conhecido e que estava à disposição para as investigações em curso. Declarou ainda que o seu cliente prestara depoimentos e que se defendera por escrito, quando necessário.
Moreira Franco foi governador do Rio de Janeiro entre os anos de 1987 e 1991. Em seguida, cumpriu dois mandatos seguidos como deputado federal. Em toda sua carreira política, porém, nunca perdeu o posto dentre as principais lideranças do MDB, principalmente no Estado do Rio.
Com a prisão cautelar, Moreira entrou para a extensa lista de governantes presos que compõe o que parece ser uma chaga do Estado e um reflexo da intensa crise econômica e social enfrentada pelo Rio de Janeiro.
De todos os ex-governadores do estado, ainda vivos, somente Benedita da Silva e Francisco Dornelle não foram presos. Ambos foram eleitos como vice e assumiram o cargo temporariamente.
Os demais cinco ex-chefes do executivo no Rio, que foram indiciados e presos, faziam parte da mesma aliança política, o PMDB.
Os ex-governantes Anthony Garotinho e Rosinha Matheus chegaram a ser presos pela Justiça Eleitoral, mas, respondem aos processos em liberdade.
Já Sérgio Cabral está preso desde novembro de 2016. O ex-governador foi condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha e, somadas, suas penas chegam a mais de 180 anos de prisão.
Em novembro do ano passado, o sucessor de Cabral no Palácio Guanabara, Luiz Fernando Pezão também foi preso. Pezão é acusado de integrar a mesma organização criminosa de seu antecessor, Sérgio Cabral.
