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SP: Agredido em elevador por vizinho acredita em preconceito velado

Vítima relata situação ocorrida em prédio na zona oeste da capital paulista; ele teve dificuldade de ter acesso às imagens das câmeras de segurança

SP: Agredido em elevador por vizinho acredita em preconceito velado
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Um morador de condomínio em Pinheiros agrediu um vizinho dentro do elevador, na madrugada da última sexta-feira (07). As imagens mostram Felipe Brito, de 34 anos, levando um soco repentinamente. Ele denunciou o caso nas redes sociais e relatou o caso ao vivo no Primeiro Impacto.

Felipe conta que estava voltando para casa após encontrar os colegas do trabalho. Quando subia para o apartamento, o homem o abordou, citando seu cachorro. De acordo com a vítima, foi a segunda vez que o agressor se mostrou irritado em relação ao "Farofa", um vira-lata caramelo e dócil. Na primeira vez, ele insistiu que o animal deveria usar focinheira.

O cachorro não estava no elevador na madrugada de sexta, mas o homem reforçou a necessidade da focinheira e Felipe negou novamente. Ao falar que "sabe de seus direitos", a vítima levou uma "ombrada" e, depois, um soco, que o derrubou no chão.

Vítima crê em preconceito velado

Felipe acredita que parte dos motivos da agressão seja racismo e homofobia. “Eu como homem preto e gay, já sofri muitos ataques homofóbicos e racistas”, essa situação, pare ele, pode ter sido um ataque “velado”. Ou seja, quando o agressor esconde o motivo da agressão preconceituosa, minimizando-a ao relatar outra justificativa.

Entre os motivos para acreditar nesta possível motivação estão o comportamento tranquilo do cachorro. Além disso, Felipe relata que “ele só 'cresce' para cima de mim quando eu estou sozinho". Segundo ele, na primeira vez que foi confrontado, estava com o cachorro. Na segunda, estava com o companheiro, enquanto na terceira, um vizinho também estava no elevador. Na quarta situação, sozinho, foi agredido física e verbalmente.

Dificuldade em conseguir imagens das câmeras

A vítima também relata dificuldade em conseguir o apoio do condomínio, que não queria dar a ele o acesso às imagens. Passados três dias, o nome do agressor ainda é desconhecido. Segundo Felipe, funcionários do prédio relutaram em fornecer os vídeos, deixando a vítima com o temor de que as imagens fossem apagadas.

"Eu sou uma pessoa que estou sempre alerta para as situações que acontecem na rua. Mas, dentro da minha casa, eu gosto de ficar relaxado. E eu fico com medo de: será que eu vou encontrar com ele no elevador? E se eu encontrar com ele, eu saio, ele sai? Porque se eu baixar a cabeça agora de novo, o que pode acontecer comigo? É uma situação de perigo, que você não tem tranquilidade nem na sua própria casa", lamenta Felipe.

"O medo é tamanho, que fiquei com medo de entrarem na minha casa a apagarem o vídeo do meu celular", relatou, que enviou o vídeo a uma amiga. O caso foi registrado na polícia como lesão corporal e ameaça, e Felipe acionou um advogado com a ajuda da amiga.

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