Defesa diz que sobrinha de “Tio Paulo” foi hostilizada na cadeia
Presas teriam jogado água e comida contra a parente do idoso morto; administração do presídio nega
A advogada que representa Erika de Souza Vieira Nunes, mulher investigada por levar um idoso morto ao banco para sacar um empréstimo, disse neste sábado (20) que sua cliente sofreu retaliação no dia em que foi presa.
Segundo a defesa, outras presas teriam jogado água e comida na sobrinha do “Tio Paulo”, quando ela chegou na cela.
“Ficamos preocupadas com a integridade física dela, mas, segundo a própria Erika, ela já está em uma cela reservada”, relatou a advogada Ana Carla de Souza Correa, em entrevista à CNN Brasil.
Na mesma entrevista, a defesa afirma que entrará com um pedido de revogação da prisão preventiva da sobrinha de Tio Paulo, que foi enterrado neste sábado (20).
Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap-RJ) alega que Erika foi transferida nesta sexta-feira (19) para o Instituto Penal Djanira Dolores, e que ela própria teria desmentido a agressão “em termo assinado de próprio cunho”.
Relembre o caso
Na última terça-feira (16), o idoso, de 68 anos, foi levado, aparentemente em óbito, a uma agência bancária de Bangu. Ele estava acompanhando de Érika. No local, a mulher tentou liberar um empréstimo de R$ 17 mil no nome dele. A liberação do dinheiro, no entanto, só seria feita mediante a assinatura de Paulo, que, sentado numa cadeira de rodas, já estava sem reação.
A situação foi gravada por funcionários do banco. Após a ocorrência, Érika foi presa por tentativa de furto mediante e fraude e vilipêndio, crime previsto no Código Penal para casos de desrespeito ao cadáver. O caso repercutiu no Brasil e no mundo.