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Polícia

RJ: Polícia encontra sala de tortura com isolamento acústico em galpão

Local em Realengo tinha espaço para cativeiro e veículos pintados com cores da Polícia Civil em meio à guerra entre facções

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A Polícia Civil encontrou uma sala de tortura equipada com isolamento acústico dentro de um galpão em Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. No imóvel, os agentes também localizaram um carro pintado com as cores da corporação. A região vive uma disputa violenta entre traficantes e milicianos.

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O galpão, que por fora parecia um simples escritório, escondia uma cena assustadora. Atrás de uma porta, os policiais encontraram uma sala com isolamento acústico, um tonel cheio de água, gancho pendurado no teto, cadeira e cordas. De acordo com a investigação, o local era usado como cativeiro e espaço de tortura. As vítimas seriam criminosos rivais.

Área de milicianos foi tomada por traficantes

No pátio, havia cinco carros cobertos por lonas. Um deles já estava pintado com as cores da Polícia Civil e os outros passariam pela mesma transformação. Segundo os investigadores, os veículos seriam usados por criminosos na disputa territorial que acontece na comunidade do Catiri.

O galpão, localizado na esquina das ruas Itajaí e Itapecerica, foi interditado. Outros dois veículos, incluindo uma BMW, também foram apreendidos e periciados. Ainda de acordo com as investigações, a área era dominada por milicianos, mas foi tomada por traficantes de drogas da Vila Kennedy, o que intensificou os confrontos.

Confrontos intensificados e inocentes baleados

Em julho, dois suspeitos foram presos acusados de integrar a milícia do Catiri. Eles estavam escondidos em uma casa na comunidade Dois Irmãos, em Curicica. Na ação, os policiais apreenderam quatro fuzis, carregadores e munições.

Segundo a Polícia Civil, os dois faziam parte de um comboio de sete carros, flagrado por um drone operado por traficantes do Comando Vermelho na região do Catiri. O comboio chegou a passar por uma viatura da Polícia Militar, mas os veículos não foram abordados.

As imagens mostram os carros seguindo até uma rua interna da comunidade, onde vários homens armados descem dos veículos. Em seguida, houve confronto entre milicianos e traficantes. Durante o tiroteio, Tatiane Werneck, de 43 anos, foi atingida por uma bala perdida enquanto conversava com amigos na calçada.

A Corregedoria da Polícia Militar investiga por que os agentes não abordaram os veículos do comboio.

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