Quadrilha presa em São Paulo tentou invadir apartamento de advogado de Bolsonaro
Criminoso tentou se passar por sobrinho de Fabio Wajngarten; SBT traz imagens da ação com exclusividade
Fabio Diamante
O SBT traz com exclusividade novas imagens da ação da quadrilha que invadia e furtava condomínios de luxo em São Paulo. Um policial militar usava o sistema de segurança do governo para passar informações privilegiadas ao bando.
Além do prédio do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, o edifício do ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo Jair Bolsonaro e advogado do ex-presidente, Fabio Wajngarten, também foi alvo dos assaltantes.
Imagens gravadas, no dia 29 de março, em um condomínio na zona leste, mostram Maria Luyza Silva de Oliveira e Thiago dos Santos Moura em ação. Eles arrombaram um apartamento na ausência dos moradores e levaram joias, roupas e equipamentos eletrônicos.
No mês passado, um integrante da mesma quadrilha tentou entrar no apartamento de Fabio Wajngarten afirmando ser sobrinho do ex-ministro. Por causa da demora do porteiro em liberar a entrada, o bandido desistiu.
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No condomínio do ministro do STF, André Mendonça, o alvo foi outro morador, do 27° andar A quadrilha também tinha informações sobre o dono do apartamento, tudo isso, graças à participação do policial militar Fernando Antônio Ferreira, que trabalha num quartel em Ourinhos, no interior de São Paulo.
Segundo a Polícia Civil, ele acessava o Detecta - sistema de segurança do governo do estado - para monitorar se havia viaturas da PM na região, no momento do roubo. O policial também consultou a placa do carro do dono do apartamento e avisou a quadrilha que ele tinha saído de casa.
O Detecta tem câmeras espalhadas pelas principais ruas de São Paulo que funcionam 24 horas por dia.
O que a Polícia Civil quer saber, agora, é quantas vezes o PM usou o Detecta pra ajudar a quadrilha de assaltantes. O militar, que está preso temporariamente, deve ser interrogado nesta quinta-feira, aqui, na delegacia. O celular que o policial teria usado para manter contato com os ladrões foi apreendido e será periciado. Marya Luiza e Thiago também estão presos e ainda serão interrogados.