Psicólogo investigado por maus-tratos a gatos no DF tem prisão mantida
Justiça manteve prisão de Pablo Stuart após audiência de custódia; polícia acredita que pelo menos 16 animais foram mortos
Ana Lídia Araújo
A Justiça do Distrito Federal manteve a prisão preventiva do psicólogo Pablo Stuart Fernandes Carvalho, de 30 anos, investigado por maus-tratos a gatos. Ele foi preso na última terça-feira (25) pela Polícia Civil do Distrito Federal e passou por audiência de custódia na manhã desta quarta-feira (26).
O caso gerou revolta entre protetores de animais, que se reuniram em frente ao Núcleo de Audiências de Custódia para pedir justiça.
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De acordo com a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA), Pablo adotava gatos cinzas tigrados de ONGs e protetores independentes. Nos primeiros dias, ele mantinha contato com os doadores, mas, depois, os animais desapareciam misteriosamente.
O inquérito aponta que, durante as investigações, o psicólogo confessou ter abandonado dois gatos – Pietra e Quindim – em Ceilândia, no dia 15 de fevereiro. Esta confissão teria sido obtida por um áudio, uma vez que o acusado permaneceu calado durante o depoimento.
Testemunhas
O SBT Brasília teve acesso ao depoimento de testemunhas. Um vizinho contou à polícia que escutou “barulho de um gato chorando, parecendo que estava batendo com a cabeça na parede.
Em outro momento, ele conta que ouviu o psicólogo afogar um dos animais no chuveiro. “Era possível perceber barulho do gato tentando fugir do box do banheiro, miando desesperadamente. Essa atitude se repetiu por várias vezes, quase todas as noites”, diz a testemunhas.
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O paradeiro de pelo menos 14 gatos ainda é desconhecido. A Polícia Civil acredita que eles tenham sido mortos ou submetidos a severas práticas de maus-tratos.
Até o momento, apenas um dos animais adotados por Pablo foi resgatado com vida. O gato, chamado Joey, foi encontrado com uma fratura na pata e precisou passar por cirurgia. Ele agora esta sob o cuidado de protetoras.
Indiciamento e próximos passos
Pablo Stuart já foi indiciado 16 vezes por maus-tratos a animais. A pena para esse tipo de crime pode variar de 2 a 5 anos de reclusão para cada delito. A Polícia Civil informou que novas vítimas continuam aparecendo, e o número de indiciamentos pode aumentar.
A defesa do psicólogo nega as acusações. O caso segue sendo investigado.
