Proprietário de "QG" de criminosos que executaram ex-delegado se entrega à polícia
Willian Silva Marques passou por audiência de custódia onde foi mantida a prisão temporária

Gabriel Sponton
Emanuelle Menezes
O proprietário da casa utilizada como "quartel-general" dos criminosos que mataram Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, foi preso neste domingo (21). William Silva Marques se entregou às autoridades e aguarda para prestar depoimento.
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Segundo o advogado do dono da residência, seu cliente "não possui qualquer relação com esse lamentável crime", afirmando também que ele se apresentou voluntariamente à polícia.
"Assim que tomou conhecimento de que seu imóvel havia sido alvo de mandado de busca e apreensão, e antes mesmo da decretação de sua prisão temporária, por meio de sua defesa, agendou espontaneamente o seu depoimento. Contudo, a oitiva foi posteriormente cancelada pela própria autoridade policial. A defesa ressalta que o senhor William jamais se ocultou, tendo inclusive comparecido de forma voluntária e sem agendamento prévio à sede do DHPP", afirmou o advogado de William.
Ainda de acordo com a defesa, o proprietário da residência passou por audiência de custódia, onde foi mantida sua prisão temporária. Agora, William aguarda para prestar depoimento sobre o caso.
William Silva Marques é o quarto preso suspeito de envolvimento no crime:
- Dahesly Oliveira Pires, que teria pegado um dos fuzis usados no crime, em Praia Grande (SP), e levado para a Grande São Paulo;
- Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como "Fofão", que teria ajudado na fuga dos assassinos;
- Rafael Marcell Dias Simões, o "Jaguar". A SSP não detalhou qual foi a participação do suspeito na execução.
- William Silva Marques, dono do imóvel que serviu como centro de comando dos criminosos que executaram o ex-delegado.
Outros três suspeitos de participação no crime, que já foram identificados, seguem foragidos: Luiz Antonio Rodrigues de Miranda, Felipe Avelino da Silva e Flávio Henrique Ferreira de Souza.
A casa, mostrada em primeira mão pelo SBT, fica a menos de 10 quilômetros do local da emboscada. No local, os peritos encontraram dezenas de impressões digitais, além de material genético para extração de DNA. A casa foi alugada pelos criminosos e funcionou com um "quartel-general". O irmão do dono do imóvel, um policial militar, foi interrogado e não é considerado suspeito.