Polícia

Policial civil e mais 3 suspeitos são presos em operação contra milícia na Baixada Fluminense

MPRJ aponta extorsões, torturas e vazamento de operações; polícia cumpre 13 mandados da Operação Golden Head nesta terça-feira (9)

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Operação Golden Head é realizada na manhã desta terça-feira (9) | SBT
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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) realiza uma operação, na manhã desta terça-feira (9), contra suspeitos de integrar uma milícia que atua nos municípios de Belford Roxo e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Até o momento, quatro pessoas foram presas, incluindo um policial civil.

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O grupo armado praticava extorsões contra comerciantes e mototaxistas nos bairros Wona, Lote XV e Vale das Mangueiras, em Belford Roxo, e no bairro Pantanal, em Duque de Caxias. Também há registros de torturas, execuções e disputas armadas por território.

O policial civil Jaime Rubem Provençano e o policial militar Gilmar Carneiro dos Santos, conhecido como "Professor Gilmar", são acusados de colaborar com a organização criminosa. Provençano, então lotado na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), e "Professor Gilmar", que atuava no 39º Batalhão da PM, em Belford Roxo, teriam repassado informações sobre operações e dado suporte às ações da milícia.

A ação, batizada de Operação Golden Head, cumpre 13 mandados de prisão em endereços na Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Belford Roxo, Duque de Caxias e em unidades prisionais. Todos os denunciados vão responder por constituição de milícia privada.

A Polícia Civil informou, em nota, que participa do cumprimento dos mandados e que as diligências seguem em andamento.

Milícia era comandada de dentro do sistema prisional

A denúncia do MPRJ aponta que a milícia era liderada por Diego dos Santos Souza, o "Cabeça de Ouro", e por Carlos Adriano Pereira Evaristo, o "Carlinhos da Padaria", que comandariam o grupo de dentro do sistema prisional. A cobrança de valores e o diálogo entre os chefes presos e os integrantes em liberdade seria articulada por Angelo Adriano de Jesus Guarany, o "Magrinho".

As investigações reuniram mensagens que indicam controle financeiro, repasse de ordens, comunicação entre os integrantes e planejamento de ataques. O material também aponta conflitos internos, cobranças, ameaças e relatos de traições.

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