Polícia do RJ mira suspeitos de furto em apartamento de luxo; um deles usou máscara realista
Mentor do crime e advogado que furtou relógios avaliados em R$ 80 mil de apart-hotel em Niterói são alvos de mandados de busca e apreensão

SBT News
com SBT Rio
A Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza, nesta terça-feira (13), uma operação contra um empresário e ex-candidato a vice-prefeito da cidade de Niterói, na Região Metropolitana. Segundo as investigações, Alexandre Ceotto André, de 50 anos, é apontado como mentor intelectual do furto a um apartamento de luxo e contratou um advogado – que usou uma máscara realista de silicone – para cometer o crime.
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O caso aconteceu em fevereiro deste ano e foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram o criminalista Luís Maurício Martins Gualda, de 47 anos, utilizando terno e uma máscara de silicone, que dava a ele a aparência de um homem careca. Ele acessa o prédio falando ao telefone e, por fim, sai do apart-hotel de luxo, localizado no bairro do Gragoatá, em Niterói.

Toda a ação durou cerca de 16 minutos. Segundo a polícia, Luís furtou 10 relógios avaliados em R$ 80 mil. O objetivo, na verdade, era uma quantia de, aproximadamente, US$ 1 milhão. De acordo com a Polícia Civil, o empresário era amigo do dono do imóvel e desconfiava que o dinheiro estivesse no imóvel. Como Alexandre Ceotto vendeu o apartamento para a vítima, conhecia a estrutura do prédio – o que facilitou a execução do plano.

Na semana passada, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Luís Maurício. No dia seguinte, ele procurou a delegacia e confessou a participação no crime. Na unidade, ele apontou Alexandre como responsável por planejar o furto.
Alexandre Ceotto foi candidato a vice-prefeito de Niterói, em 2020, e chegou a anunciar a pré-candidatura como vereador em 2024. Nas redes sociais, ele afirma ter sido subsecretário de Relacionamento Institucional do Governo do Estado.

Na manhã desta terça-feira, agentes da 76ª Delegacia de Polícia foram até o prédio onde ele morava e na casa da mãe dele. Até o momento, foram apreendidos celulares e computadores pela Operação Manto de Engano.
A Polícia pediu a prisão preventiva do empresário à Justiça, que decidiu substituir por penas alternativas. Alexandre e o advogado Luís Maurício foram indiciados por furto qualificado, crime que pode chegar a 12 anos de prisão.
