Polícia de SP prende dupla com 100 celulares e descobre movimentação de R$ 10 milhões
Investigações indicam que suspeitos enviavam aparelhos furtados e roubados para fora do Brasil
Vitória Santiago
A Polícia Civil de São Paulo prendeu em flagrante dois estrangeiros suspeitos de roubar e furtar celulares, no Centro da capital, nesta quarta-feira (6). Os agentes afirmam que esses celulares eram vendidos sem procedência.
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Segundo as autoridades, os criminosos fizeram uma movimentação, dentro de um período de cinco anos, de R$ 10 milhões em contas bancárias.
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Durante reunião da Comissão da Segurança Pública e Assuntos Penitenciários, realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo, o Secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite, afirmou que a dupla comprava e depois exportava os aparelhos telefônicos.
“Eles são considerados os maiores exportadores de aparelhos celulares. Alcançamos o topo da cadeia ilícita com criminosos que compravam celulares roubados e exportavam para outros países”, afirmou Derrite.
Segundo a secretaria, desde maio de 2023, o Corpo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Cerco) e o 3º Distrito Policial da cidade realizam trabalhos e ações para combater e reprimir as práticas de roubo e furto na capital paulista.
Os agentes policiais afirmaram que durante as investigações foi confirmada a existência de um esquema criminoso. Os suspeitos vendiam esses celulares para outros Estados. A dupla também é investigada por suposta exportação dos aparelhos telefônicos para outros países. A transferência do produto para os compradores lesados era feita pelo Aeroporto de Guarulhos.
A Polícia Civil conseguiu descobrir o esquema criminoso e o vínculo dos estrangeiros, por meio de depósitos feitos nas contas bancárias dos suspeitos.
A dupla foi identificada e presa nesta quarta-feira (06), durante a segunda fase da operação. Os R$ 10 milhões foram bloqueados pela Justiça.
“Isso é resultado do trabalho investigativo com foco em desmantelar quadrilhas criminosas. Chegamos no topo da cadeia com essa prisão”, disse o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian.