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Polícia

PM acusado de matar jovem é condenado por homicídio culposo quase dez anos após morte

“Eles criminalizam nossos filhos para que eles não sejam condenados”, desabafou mãe de mais uma vítima da violência policial no Rio; PM vai responder em liberdade

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Foi condenado o policial Militar Alessandro Marcelino de Souza acusado de matar um jovem de 19 anos, com um tiro nas costas, durante um protesto há quase dez anos. O crime foi cometido na favela de Manguinhos, no Rio de Janeiro.

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Apesar de a Promotoria pedir a condenação do atirador por homicídio com dolo eventual, quando o PM assumiu o risco de matar ao atirar em direção aos moradores, o júri entendeu que o policial cometeu crime culposo, quando não há a intenção de matar. Alessandro vai responder em liberdade por homicídio culposo e o caso será encaminhado à Justiça Militar.

"Toda vez que a polícia mata nossos filhos, eles criminalizam nossos filhos para que eles não sejam condenados. A gente não aguenta mais isso, mães adoecem diante de tantas injustiças”, lamentou Ana Paula Oliveira, mãe de Johnatha de Oliveira, a vítima do PM.

Jovem saía da casa da namorada quando se deparou com protesto

Parentes e amigos da vítima acompanharam os debates ente a defesa e a acusação no segundo dia de julgamento.

A defesa do PM alegou que o disparo ocorreu durante uma troca de tiros e que a vítima era traficante. O Ministério Público provou que o jovem não tinha passagem e que ele voltava para casa depois de se despedir da namorada, quando se deparou com a manifestação.

“Eu não aceito! Esse é o resultado que a sociedade deu! A sociedade compactua com policiais assassinos! A culpa é da sociedade, desses vermes continuarem matando nossos filhos”, desabafou a mãe de mais uma vítima da violência policial.

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