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Polícia

Padrasto é preso suspeito de torturar enteada de 4 anos como "educação"

Israel Lima Gomes tem passagens por violência doméstica e importunação sexual; polícia não descarta participação da mãe

Imagem da noticia Padrasto é preso suspeito de torturar enteada de 4 anos como "educação"
Polícia prende padrasto suspeito de torturar enteada | Reprodução
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A Polícia Civil prendeu o padrasto de uma criança de 4 anos suspeito de torturar a enteada, na Ilha do Governador, na zona norte do Rio de Janeiro. Agentes cumpriram um mandado de prisão temporária contra Israel Lima Gomes, na zona oeste da cidade, na sexta-feira (16).

A investigação começou depois de a vítima ser internada em um hospital infantil com o intestino perfurado, o braço fraturado e uma infecção na região abdominal, além de múltiplos hematomas pelo corpo. A criança está internada na Unidade de Terapia Intensiva e chegou a correr risco de vida.

Policiais analisaram as conversas no celular de Israel com a mãe da criança, em que ele afirmava usar castigos físicos como método de "educação".

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Em um dos diálogos, o padrasto afirmou que "ela [a criança] é forte porque estou moldando ela na dor. Fica fraco quando é só amor". Investigadores classificaram o caso como "evidente prática de tortura".

Além das agressões físicas, que eram disfarçadas com justificativas como quedas ou acidentes, a criança também era trancada em banheiros escuros.

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Até o momento, o caso está sendo tratado como tortura – delito hediondo – e pode evoluir para tentativa homicídio qualificado.

Israel tem duas anotações criminais: uma por violência doméstica e outra por importunação sexual. Ele teria ficado nu na frente de uma criança de 12 anos, em um contexto familiar.

Polícia não descarta envolvimento da mãe

Momento em que padrasto chegou detido na delegacia pela polícia | Reprodução
Momento em que padrasto chegou detido na delegacia pela polícia | Reprodução

Segundo Felipe Santoro, delegado responsável pela investigação, a participação da mãe da criança é investigada. A mulher pode responder pelo mesmo crime do marido ou por omissão.

A mãe nega todos os crimes e prestou depoimento para a polícia, por ora como testemunha. Quando a criança deu entrada no hospital, que deu origem à investigação, a mulher precisou ser protegida, evitando um linchamento pela população local.

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