Operação policial prende 26 suspeitos de integrar esquema de remédios e anabolizantes falsificados
Casal apontado de liderar o esquema foi preso no Paraguai; organização movimentou R$ 25 milhões em cinco anos

Agência SBT
A Polícia Civil de São Paulo realizou na terça-feira (5) uma megaoperação contra uma quadrilha especializada na fabricação e comercialização de remédios para emagrecimento e anabolizantes. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, 26 pessoas foram presas temporariamente em diferentes regiões do país, resultado de uma investigação que vinha sendo conduzida há mais de um ano.
Para entender o funcionamento do grupo, agentes se passaram por compradores para mapear a atuação da quadrilha, que vendia os produtos pela internet, sem exigência de prescrição médica.
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A investigação ainda aponta que parte dos medicamentos era produzida de forma clandestina, sem qualquer tipo de controle sanitário. O relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revela que as atividades do grupo movimentaram cerca de R$ 25 milhões em cinco anos.
Um casal, apontado como responsável por liderar o esquema ilegal, foi encontrado no Paraguai. O homem, de 33 anos, já havia sido denunciado anteriormente por envolvimento com a mesma atividade criminosa, enquanto a mulher, de 27, também era investigada por participação direta na coordenação da rede.
De acordo com a polícia, a dupla havia deixado o Brasil poucas semanas antes da operação policial. Ambos foram incluídos na lista de procurados da Interpol e acabaram presos pelas autoridades paraguaias.
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Coordenada pela 1ª Central Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Cerco), a operação mobilizou mais de 500 policiais civis apenas no estado de São Paulo. 12 pessoas foram presas em municípios como Guarulhos, Campinas, Jundiaí, São José dos Campos e Cotia, entre outros.
No total, as equipes cumpriram 85 mandados de busca e 32 de prisão temporária em 14 estados, incluindo regiões do Norte, Nordeste e Sul, como Bahia, Mato Grosso, Espírito Santo, Amazonas e Santa Catarina.
Além das prisões e apreensões, a Polícia Civil solicitou a remoção do site utilizado pela quadrilha para comercializar os medicamentos ilegais. As investigações continuam para identificar novos integrantes.