Polícia

Operação mira influenciadores que promovem "rachas" e "grau" no Rio

Até o momento, 4 pessoas foram presas em flagrante; polícia apreendeu carros, motos e quadriciclos usados em manobras perigosas divulgadas nas redes

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Uma moto aquática foi apreendida durante ação policial | Reprodução
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza, nesta segunda-feira (8), uma operação contra influenciadores digitais acusados de divulgar e incentivar "rachas" e manobras perigosas, conhecidas como "grau", em vias movimentadas da capital e da Baixada Fluminense. Até o momento, quatro pessoas foram presas em flagrante por crimes como publicidade enganosa ou abusiva, exploração de jogo de azar e induzimento à especulação.

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A Operação Zero Grau cumpre mandados de busca e apreensão em endereços da Zona Norte, Zona Sudoeste e Baixada. Até as 9h desta segunda, as equipes apreenderam cinco automóveis, cinco motocicletas e dois quadriciclos – veículos que aparecem frequentemente nos vídeos publicados pelos investigados.

Um dos alvos da ação é o homem que viralizou ao pilotar uma moto aquática sobre a Ponte Rio–Niterói. Os investigados também já foram flagrados em vias do BRT e em linhas férreas.

Investigação

Segundo a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), a investigação começou após a circulação de vídeos nas redes sociais mostrando motociclistas realizando o chamado "grau", prática ilegal em que condutores empinam motos ou fazem acrobacias em alta velocidade.

Os agentes identificaram que os envolvidos formavam uma rede estruturada de perfis digitais, com atuação coordenada para ampliar alcance e engajamento. As publicações seguiam um padrão: eram sincronizadas, usavam as mesmas hashtags e mostravam os influenciadores em aparições conjuntas, sempre com ostentação de motos e carros de alto valor.

A polícia afirma que o grupo usava esse conteúdo para ganhar notoriedade, seguidores e até lucro, promovendo condutas criminosas como forma de entretenimento. Além das manobras, os investigadores encontraram indícios de delitos como adulteração de sinal identificador de veículo, receptação e apologia ao crime, ligados ao universo dos perfis.

Os influenciadores são investigados por crimes como atentado contra a segurança de meio de transporte, incitação ao crime, adulteração de sinal identificador de veículo e associação criminosa.

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