O que falta esclarecer no caso de gêmeas mortas em Igrejinha (RS)
Justiça prorrogou a prisão da mãe, única suspeita do crime; crianças morreram em intervalo de oito dias
Rayan Chinellato
A Justiça prorrogou por mais 30 dias a prisão de Gisele Beatriz Dias, que foi presa em outubro de forma temporária por ser considerada a única suspeita da morte das duas filhas gêmeas, em Igrejinha, no interior do Rio Grande do Sul.
Michel Pereira, pai das duas garotas, conta que estava trabalhando quando recebeu uma ligação de Gisele, avisando que uma das filhas, Manuela, morreu.
Ele chegou em casa e encontrou a filha morta, com suspeita de parada cardíaca. Oito dias depois, a outra filha, Antônia, apresentou os mesmos sintomas e foi levada ao hospital. Os médicos informaram à polícia a anormalidade deste tipo de ocorrência nessa idade.
“O médico confirmou que não era comum e que podia haver uma intoxicação externa, ou pela ingestão de medicamentos ou ministração de um veneno”, diz Kléber Lima, delegado responsável pelo caso. O caso corre em segredo de Justiça.
Anteriormente, ainda neste ano, a mulher de 42 anos foi internada por depressão entre agosto e setembro, após a morte do filho mais velho. A polícia solicitou a exumação do corpo de Manuela, que na época foi enterrado sem suspeitas. Novos laudos estão em andamento.
“Eu ainda não consegui voltar para casa e não sei se vou conseguir” diz o pai das garotas.