Mulher que matou namorado e sogra em Várzea Paulista planejou o crime, dizem familiares
Segundo investigações, venezuelana se passou pelo namorado e enviou mensagem para a sogra, atraindo-a para emboscada; suspeita está presa
Fabíola Corrêa
O crime brutal chocou a cidade de Várzea Paulista, na região metropolitana de Jundiaí, interior de São Paulo. Os corpos de Gilvan Barbosa, de 50 anos, e sua mãe, Telma Barbosa, de 69 anos, foram encontrados no último fim de semana, na casa de Gilvan, no Jardim Palmeiras. Eles foram enterrados na última segunda-feira (3).
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A venezuelana Liliana Henriquez Tovar, de 22 anos, que mantinha um relacionamento com Gilvan, foi presa em flagrante, na madrugada de domingo (2), como principal suspeita dos homicídios. Câmeras de segurança mostraram Liliana saindo da casa carregando algumas caixas.
Segundo as investigações, Gilvan teria sido esfaqueado enquanto dormia. Pelo estado do corpo, a polícia acredita que ele tenha sido assassinado três dias antes da mãe, que foi atraída para o endereço na noite de sábado (1). Apontada como principal suspeita, Liliana continuou a frequentar o local após o homicídio. Um motorista de aplicativo afirmou à polícia que ela saía e passeava normalmente nesse período.
Crime premeditado
Para os familiares das vítimas, o crime foi meticulosamente planejado. Kelly Barbosa, parente das vítimas, contou que a própria assassina chamou a sogra até o local. Liliana se passou por Gilvan e enviou mensagens para a mãe do namorado, que foi atraída para a emboscada. Quando Telma chegou ao local, teria sido imobilizada com uma pistola de choque e também esfaqueada.
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Liliana tentou simular um incêndio para encobrir os crimes. No entanto, ao chegarem ao endereço, os bombeiros perceberam que a mangueira de gás estava cortada e encontraram um vidro de acetona vazio próximo aos corpos, que estavam no chão da cozinha. A polícia foi acionada imediatamente.
Liliana e Gilvan estavam juntos havia apenas quatro meses. Para os parentes das vítimas, a motivação dos crimes foi financeira, já que Gilvan era filho único e não tinha herdeiros diretos.
A venezuelana responderá por duplo homicídio qualificado, ocultação de cadáver e tentativa de incêndio. As investigações continuam para determinar se houve participação de mais pessoas no crime.
