Motoristas podem cobrar passageiros por vidros quebrados em assaltos? Saiba o que diz Procon
Casos de roubo de celulares dentro de carros de aplicativo cresceram 17,6% em São Paulo no primeiro semestre
Vinícius Rangel
Passageiros de aplicativos costumam aproveitar o tempo da corrida para usar o celular. Mas é justamente nesse momento que ladrões agem: quebram os vidros dos veículos e levam os aparelhos.
O prejuízo atinge tanto os passageiros quanto os motoristas. Em São Paulo, a média é de quase três casos por dia. Nos primeiros seis meses deste ano, foram registradas 500 ocorrências, um aumento de 17,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
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Com o crime cada vez mais frequente, um motorista resolveu transferir a responsabilidade para os clientes. Ele colocou um cartaz dentro do carro avisando que, se o vidro fosse quebrado durante a viagem por causa do uso do celular, o passageiro teria que arcar com os custos. O aviso viralizou nas redes sociais e gerou polêmica.
De acordo com o Procon-SP, essa cobrança é ilegal. “Esse prejuízo, que é inerente ao risco da atividade, não pode ser transferido ao consumidor. Caso ocorra, tem que ser arcado pelo fornecedor sem qualquer tipo de cobrança adicional”, explicou Renata Reis, assessora técnica do órgão.
A Prefeitura de São Paulo também alerta que motoristas flagrados exigindo taxas indevidas podem ser multados e ter o veículo apreendido.
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Além do risco de assaltos, quem transporta passageiros enfrenta outros desafios. Objetos esquecidos no carro e clientes alcoolizados estão entre os problemas mais comuns. Nesse caso, o passageiro pode ser responsabilizado, mas é necessário avaliar cada situação.
Na disputa entre direitos e deveres, tanto motoristas quanto passageiros precisam agir com responsabilidade. O cumprimento da lei e o bom senso devem prevalecer para que todos compartilhem a corrida com segurança.
