Modelo denuncia assédio em ônibus durante viagem de São Paulo ao Rio
Empresa diz que imagens não mostram irregularidades; polícia investiga

Lívia Mendonça
A modelo Raquel Possu, de 25 anos, denunciou que foi vítima de assédio sexual dentro de um ônibus da Viação Nova Itapemirim durante uma viagem de São Paulo ao Rio de Janeiro, no dia 25 de março. A jovem relatou o caso em suas redes sociais, onde ela conta que o passageiro que viajava ao lado dela passou a mão em suas pernas, expôs o órgão genital e depois o guardou. Ela afirma no mesmo vídeo que pediu ajuda ao motorista, mas não recebeu o suporte esperado.
Raquel conta que o assédio ocorreu no dia 25 de março e que, ao relatar o caso, foi direcionada pelo motorista ao primeiro andar do ônibus. Segundo ela, a polícia chegou a ser acionada, mas foi embora sem tomar providências.
Inconformada, a modelo entrou em contato com um amigo, que interceptou o ônibus no Rio de Janeiro com policiais. Ela e o suspeito foram encaminhados a uma delegacia no Centro do Rio, onde prestaram depoimento.
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Raquel havia saído de São Paulo às 17h, chegou à delegacia por volta das 23h30 e permaneceu até as 3h da madrugada, saindo do local com o registro de ocorrência. O denunciado também foi liberado.
Em nota, a Polícia Civil informou que diligências estão em andamento para esclarecer o caso.
Viação nega assédio
A empresa Nova Itapemirim também se manifestou, afirmando que analisou seis horas de gravação da viagem e não encontrou nenhuma irregularidade. A transportadora destacou que Raquel não solicitou acesso às imagens e que o motorista apenas realocou a passageira para garantir sua segurança e a continuidade da viagem. As imagens do circuito interno do ônibus já foram disponibilizadas para a Polícia Civil.
No entanto, Raquel contesta essa versão. Em suas redes sociais, diversas mulheres comentaram sobre a necessidade de medidas mais severas nos transportes públicos. Algumas relataram experiências semelhantes de assédio e violência, enquanto outras expressaram revolta com a falta de consequências para os agressores.
Raquel desabafou sobre a situação e criticou a inversão de valores, afirmando que muitas vezes a vítima acaba sendo tratada como culpada.
