Justiça decreta a prisão de quatro suspeitos de assassinar holandês em São Paulo
Hessel Hoekstra foi agredido por criminosos, teve traumatismo craniano, ficou internado por 12 dias e morreu no hospital
Fabio Diamante
A Justiça decretou a prisão temporária de quatro suspeitos de assassinar o holandês Hessel Hoekstra durante um assalto em 13 de janeiro, no centro de São Paulo. Outros dois envolvidos foram identificados pela polícia, mas ninguém foi preso.
Câmeras de segurança ajudaram a polícia a identificar os ladrões. Nas imagens, os dois turistas holandeses caminham pouco antes do ataque.
Um homem de camisa preta, do outro lado da rua, é Jonathan Carlos Melha dos Santos e ao lado dele está um rapaz de vermelho. Os dois seguiam as vítimas. Jonathan usou um celular pra se comunicar com comparsas que vinham logo atrás.
São mais quatro assaltantes, segundo a polícia. O terceiro identificado, que aparece de camiseta preta, é Victor Gustavo Oliveira dos Santos.
Hessel Hoekstra, de camiseta bege, e Martin Jansen, de azul, foram atacados minutos depois na ladeira da constituição. Os turistas reagiram, foram cercados e agredidos.
Hessel levou um chute, caiu e bateu a cabeça no chão. Ele teve traumatismo craniano, ficou internado por 12 dias e morreu no hospital. A notícia da morte do holandês foi destaque na imprensa internacional.
Segundo a Polícia Civil, um outro criminoso participou do crime e foi reconhecido por testemunhas: é Wesley de Paula Carneiro, que já foi preso por furto e estelionato.
Os ladrões envolvidos na morte do turista holandês são conhecidos na região da Rua 25 de março. Eles assaltavam pessoas quase todos os dias, na ladeira da Rua Constituição. Com ordem da Justiça, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas de todos eles, mas os criminosos já tinham fugido. Os quatro tiveram a prisão temporária decretada por 30 dias e estão foragidos.
Outros dois suspeitos são investigados e foram reconhecidos nas imagens das câmeras e por testemunhas: José de Ribamar Gonçalves e Rafael dos Santos Silva também seguiam os turistas pouco antes do crime, mas, a Justiça entendeu que as provas contra eles eram frágeis.
José de Ribamar já foi preso por um crime idêntico e condenado por roubo e porte ilegal de arma. Rafael tem passagens por tráfico de drogas e receptação.