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Polícia

Justiça aceita denúncia contra PMs acusados de matar homem rendido em Paraisópolis

Igor Oliveira de Moraes Santos estava com a mão na cabeça quando foi baleado; crime foi gravado por câmeras corporais

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Imagem da câmara corporal de PM que atirou contra jovem rendido em Paraisópolis | Reprodução
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O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou, nesta quarta-feira (23), a denúncia do Ministério Público e tornou réu os quatro policiais militares envolvidos no assassinato de Igor Oliveria de Moraes Santos, de 24 anos, durante uma abordagem em Paraisópolis, na zona sul da capital paulista.

Os militares respondem por homicídio qualificado, acusados de executar a vítima que estava com as mãos na cabeça e desarmada. O crime, ocorrido no dia 10 de julho de 2025, foi gravado pelas câmeras corporais dos PMs.

Os policiais réus são Renato Torquatto da Cruz, Robson Noguchi de Lima, Hugo Leal de Oliveira Reis e Victor Henrique de Jesus. A decisão da Justiça foi assinada pela juíza Luciana Menezes Scorza.

Segundo o Ministério Público, Renato e Robson, ambos da Rocam do 16º BPM/M, agiram em conjunto e com intenção de matar Igor Oliveira de Moraes Santos. Renato atirou com uma pistola e, em seguida, Robson disparou com uma espingarda. Os dois estão detidos no presídio Romão Gomes.

Hugo Leal de Oliveira Reis e Victor Henrique de Jesus, participaram da rendição do suspeito e dispararam no cômodo onde Igor foi assassinado, prestando, segundo o MPSP, “auxílio moral e material” aos executores. De acordo com o Tribunal de Justiça, Hugo e Victor estão em liberdade.

Agora, o processo passa para a fase de ação penal sob competência do Tribunal do Júri, e os réus devem apresentar a defesa por escrito e indicar eventuais testemunhas.

A operação do dia 10 ocorreu após uma denúncia anônima, informando sobre tráfico de drogas na região. Igor não tinha antecedentes criminais como adulto, mas já havia respondido por roubo e tráfico de drogas na adolescência.

Durante protestos, outros policiais militares chegaram a trocar tiros em um ponto distante da comunidade. Um PM foi baleado e um suspeito, Bruno Leite, de 29 anos, foi atingido e não resistiu aos ferimentos.

O SBT não localizou a defesa dos militares. O espaço segue aberto para manifestação.

* Reportagem em atualização

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