RJ: integrante da milícia de Zinho é um dos principais alvos da Operação Magnum
Marcelo Morais dos Santos, conhecido como o Grande, saiu do grupo do miliciano Tandera para se tornar aliado de Luis Antônio da Silva Braga
Iris Tavares
Apontado como um dos principais alvos da "Operação Magnum", realizada por policiais civis da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) nesta quarta-feira (12), o empresário Marcelo Morais dos Santos, o Grande, é suspeito de usar empresas para ocultar a origem ilícita do dinheiro da milícia de Zinho, no Rio de Janeiro.
A operação iniciada nesta manhã tem como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão no Rio e em outros quatro estados — Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Espírito Santo.
Segundo as investigações, o grupo movimentou cerca de R$ 30 milhões de 2021 a 2024 com atividades como grilagem de terras, loteamento irregular de terrenos e extorsões. Nas redes sociais, Marcelo Morais dos Santos ostenta com imagens em passeios de lanchas, além de aparelhos telefônicos modernos e bebidas de luxo.
De acordo com a Polícia Civil, antes de integrar a milícia de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, Grande cuidava das finanças de outro miliciano conhecido no Rio: o Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera.
"Essa transição ocorreu em 2022, período em que Tandera sofreu consideráveis baixas em sua organização criminosa, resultando em seu enfraquecimento e quase extinção", explica a Polícia.