Imagens mostram suspeito que fugiu após fazer família refém em Mauá (SP)
Um policial civil fazia parte da quadrilha que invadiu a casa; ele e outros dois suspeitos foram presos

Derick Toda
Após prender três criminoso, sendo um policial civil, envolvidos em um assalto a uma família, a investigação tenta localizar o quarto integrante da quadrilha. A imagem exclusiva mostra o criminoso solto quebrando a câmera de segurança durante a invasão da casa de uma família, em Mauá, na Grande São Paulo.
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Entenda o crime
Às sete e vinte da manhã, um carro branco estaciona em frente a uma residência. O passageiro observa o movimento da rua por alguns minutos, desce do veículo e leva um pacote nas mãos.
Logo depois, ele toca o interfone.
— “Oi, o Kesley tá aí? É pra ele? É.”
O portão permanece aberto enquanto uma mulher e um homem tentam entender a entrega de um remédio que ninguém havia pedido.
— “Eu não comprei nada.”
Um minuto depois, quando o morador se aproxima do portão, o homem invade a casa, saca uma arma e rende a família. Durante a ação, o criminoso exige saber onde está “o oitão”, em referência a uma arma. O rapaz é obrigado a deitar no chão. Nesse momento, um comparsa aparece e também entra na residência.
Enquanto isso, o motorista fica do lado de fora, pronto para a fuga. As vítimas são feitas reféns dentro da própria casa.
Todo o crime durou cerca de oito minutos. Por cinco deles, a família foi mantida em cativeiro. Entre as vítimas estava uma crianças, de 10 anos, que presenciou toda a ação dos criminosos.
O pai conseguiu usar um celular para chamar a Polícia Militar, que interceptou os assaltantes ainda durante a fuga. O que ninguém esperava era que um dos criminosos fosse um policial civil.
“Dentro da minha casa estavam minha mãe, meu pai e minha irmã. Eles entraram e ficaram procurando eletrodomésticos e celulares para levar”, contou um dos meninos que viveu o momento de terror.
Segundo as vítimas, a quadrilha tinha informações privilegiadas.
“Como eles chegaram lá, já sabiam de tudo. Destruíram três das quatro câmeras de segurança. Colocaram arma na nuca da minha mãe e minha irmã passou mal”, relatou um dos familiares.
Outra vítima completou:
“A gente fica com medo porque eles sabem onde a gente mora.”
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O carro usado pelos criminosos estava com a placa adulterada. Os três homens foram presos e levados para a delegacia. De acordo com a Polícia Militar, um quarto suspeito participou do crime, mas ainda não foi localizado.
O policial civil suspeito teve um tratamento diferente: uma viatura do Grupo de Operações Especiais o levou escondido no camburão. Ele foi encaminhado para a Corregedoria-Geral da Polícia Civil.







