Imagens mostram estudante da USP saindo de estação de metrô
Corpo de Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi encontrado quatro dias depois, com marcas de luta corporal; bolsa foi levada
Fátima Souza
SBT News
Imagens de circuito de segurança mostram a estudante Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, deixando a estação Corinthians-Itaquera na noite de domingo (13). Ela pegou o metrô até a estação de metrô e, por volta das 22h20, ligou para a mãe informando que havia perdido o ônibus. A mãe chegou a transferir dinheiro para que a filha chamasse um carro de aplicativo, mas Bruna não completou a corrida.
O corpo da jovem foi encontrado na quinta-feira (17), nos fundos de um estacionamento. Segundo a delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a bolsa de Bruna foi levada e o aparelho celular foi desativado depois do assassinato. O corpo, que foi encontrado apenas com roupas íntimas, mostra que Bruna tentou se defender das agressões.
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A polícia investiga o lugar exato em que ela foi abordada para identificar o(s) autore(s). O atual namorado e o ex-marido já foram ouvidos pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), mas até o momento ninguém foi preso.
Clamor por justiça no velório
Amparada por familiares e segurando uma flor, Simone Oliveira se despediu da filha Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, neste sábado (19), no Cemitério Vila Carmosina, na zona leste de São Paulo. Comovida, ela pediu justiça diante do assassinato brutal da jovem estudante.
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"Tiraram a vida da minha filha. De uma sonhadora, de uma menina boa, que nunca fez mal pra ninguém. Eu só quero justiça. Isso não vai tirar a minha dor, mas vai mostrar que pelo menos pegaram quem fez isso com ela", disse Simone, em meio a lágrimas.
Amigos, parentes e colegas acompanharam o cortejo em silêncio e prestaram as últimas homenagens à estudante. A despedida foi marcada por aplausos, num gesto de solidariedade à dor da família e de homenagem à jovem.
Bruna cursava mestrado na USP em Mudança Social e Participação Política, era feminista, defensora dos direitos das mulheres e mãe de um menino de sete anos.
"Minha filha era um anjo. Nunca deu trabalho. Toda vez que via um animal abandonado na rua, pedia pra gente parar e levar pra casa. Esse era o coração dela", contou o pai, Florisvaldo Araújo de Oliveira.