Grupo que desviou R$ 200 milhões da educação no Maranhão é alvo de operação da Polícia Federal
Recursos foram usados para financiar fraudes em licitações públicas; suspeitos incluíam estudantes fictícios no sistema de matrícula do Censo Escolar
Warley Júnior
A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) desarticularam, na manhã desta quarta-feira (16), um esquema de fraude no Censo Escolar em São Bernardo, no interior do Maranhão. O grupo envolvido manipulava dados de matrículas escolares para desviar recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O uso indevido de verbas chegou a cerca de R$ 200 milhões.
A operação, chamada de Nonsense, contou com 78 policiais federais e servidores da CGU, que cumpriram 20 mandados de busca e apreensão em municípios maranhenses, incluindo São Bernardo, Tutóia e outras cidades.
Segundo as investigações, o esquema envolvia a inclusão de estudantes fictícios no sistema de matrícula do Censo Escolar, com objetivo de aumentar o valor dos repasses do Fundeb destinados à cidade de São Bernardo.
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Além disso, os recursos desviados foram usados para financiar fraudes em licitações públicas. Empresas ligadas aos suspeitos participavam de licitações superfaturadas e contratos falsos.
Os envolvidos, que incluem servidores públicos e empresários, são investigados por crimes como peculato (apropriação indevida de recursos públicos), organização criminosa e lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados, podem pegar até 12 anos de prisão. As investigações continuam para identificar todos os responsáveis e possíveis beneficiários do esquema.