Golpe da casa própria: falsos corretores são presos por fraudar vendas de imóveis no Rio
Dois suspeitos foram presos em operação contra quadrilha que enganou pelo menos 25 pessoas com contratos de financiamento inexistentes

SBT Rio
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu em flagrante nessa quarta-feira (22) um homem e uma mulher por suspeita de aplicar golpes em vendas de imóveis. A ação foi conduzida por agentes da 15ª Delegacia de Polícia (Gávea), sob coordenação da delegada titular Daniela Terra. Os presos foram autuados por tentativa de estelionato e associação criminosa.
Segundo a delegada, há registro de sete casos em que vítimas foram enganadas pela mesma dupla. Além disso, durante a operação, policiais tiveram acesso a dados fornecidos por um dos envolvidos e identificaram que pelo menos 25 pessoas foram vítimas dessa quadrilha que os presos integravam. Essas pessoas teriam perdido entre R$ 7 mil e R$ 25 mil cada.
As investigações continuam para identificar todos os participantes do esquema e levantar novas vítimas. A dupla foi encaminhada ao presídio de Benfica, onde permanecem à disposição da Justiça.
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Como funcionava esquema?
De acordo com as investigações, a quadrilha se apresentava como operadora de crédito imobiliário, oferecendo intermediação de vendas de imóveis realmente anunciados em plataformas online, mas sem qualquer autorização dos proprietários legítimos. Os imóveis eram utilizados para criar negociações falsas, nas quais as vítimas acreditavam estar adquirindo casas e apartamentos de forma legítima.
Ainda conforme a apuração, o grupo focava em imóveis de baixo valor de mercado e oferecia condições de pagamento facilitadas para atrair compradores. Uma das estratégias consistia em cobrar 10% do valor total como entrada. O valor parecia acessível, o que levava as vítimas a acreditar que se tratava de uma boa oportunidade.
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As tratativas eram conduzidas por uma falsa imobiliária, responsável por encaminhar os interessados para uma suposta operadora de crédito. Nessa etapa, os golpistas apresentavam contratos fraudulentos, que previam um financiamento inexistente.
Depois da assinatura do falso contrato e da transferência da entrada, nenhum financiamento era liberado e a venda não era concretizada. As vítimas, então, não conseguiam mais contato com os criminosos e não recuperavam o dinheiro pago. Algumas chegaram a tentar reaver os valores, mas foram novamente enganadas.
A polícia também constatou a existência de diversas contas bancárias utilizadas para receber o dinheiro e outros possíveis integrantes da associação criminosa.