Familiares protestam após morte de jovem por GCM em SP
Guarda foi preso em flagrante pr homicídio culposo; com fiança estipulada e paga, foi liberado
Familiares e amigos da jovem Camilly Pereira Lima protestaram após a morte da adolescente por um guarda civil metropolitano, na zona sul de São Paulo. O agente foi afastado pela prefeitura, chegou a ser preso, mas foi liberado depois de pagar fiança.
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O caso foi registrado na última sexta-feira (23) e o protesto foi realizado na noite de quinta (29). Os moradores atearam fogo em madeiras e interditaram a Estrada de Itapecerica, na altura do número 7.300, nos dois sentidos, por uma hora.
Os manifestantes carregavam faixas e cartazes com a foto da jovem, que tinha apenas 17 anos. A Polícia Militar foi acionada e acompanhou o protesto.
O crime
Camilly morreu após ser baleada nas costas pelo GCM Marcelo Teles, em uma viela da região do Capão Redondo, zona sul da capital paulista, próximo do limite com Embu das Artes.
A adolescente estava na garupa de uma moto, pilotada pelo namorado. A jovem estava sem capacete e uma equipe da GCM que patrulhava a região desconfiou. Uma perseguição foi iniciada, com a moto tentando acessar a viela. Ali, ocorreu o disparo fatal.
A jovem foi socorrida e levada a uma unidade de pronto atendimento, mas não resistiu.
De acordo com o relato dos guardas Charles Tosta, Adriana Rodrigues, Marcelo Teles e Lucas Freires, a equipe ouviu um “barulho” e um “clarão” semelhantes a disparos de arma de fogo. Os agentes tentaram se proteger, enquanto passavam por motociclistas.
Depois, os guardas receberam a informação da vítima de disparo de arma de fogo, que tinha dado entrada em uma unidade médica. O GCM Marcelo Teles admitiu ter atirado e que a “ação foi muito rápida”, com o “local escuro”, sem identificar as características dos motoqueiros e das motos.
O guarda foi autuado em flagrante por homicídio culposo. Foi estipulada fiança, de valor não informado, e o autor do disparo foi liberado. A Prefeitura afastou o GCM e lamentou a morte da jovem.