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Polícia

Família busca respostas para morte de mulher há um mês em São Paulo

Irmã gêmea acredita que Luciana foi assassinada pelo companheiro, que não foi mais visto

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Luana não tem dúvidas de que a irmã gêmea foi assassinada na Vila Leopoldina, na zona oeste de São Paulo. Luciana Lena Correia, 27 anos, morreu há um mês e até hoje a família aguarda respostas.

Para Luana, o principal suspeito é o companheiro da vítima, que desapareceu logo após a morte. “A gente acolheu ele quando veio de Minas, queria perguntar por que ele fez isso”, desabafa Luana.

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Uma mensagem enviada de um número desconhecido trouxe o que seria uma confissão: “Não estava no meu estado normal. Você que me conhece bem, sabe que não fiz por mal”. Apesar disso, o caso ainda é oficialmente tratado como morte suspeita. A família, porém, busca por justiça.

“Ela era alegre, parecia uma adolescente no jeito de ser”, lembra Luana, emocionada.

Luciana conheceu o namorado há apenas três meses. Foi uma paixão intensa. Logo passaram a morar juntos em uma casa simples, numa viela da comunidade do Nove, na zona oeste de São Paulo. Na noite do suposto crime, no último dia das mães, vizinhos relataram ter ouvido gritos de socorro, mas não intervieram. Quatro dias depois, o corpo de Luciana foi encontrado.

“Cheguei, senti o cheiro e já sabia... Ela não respondia há dias. Estava deitada na cama como se estivesse dormindo”, contou Luana. O corpo já estava em estado avançado de decomposição. O velório foi feito com caixão fechado.

Durante o enterro, Luana recebeu a mensagem que seria do cunhado: “Ali, ele contou. Foi ele que fez isso”, afirma. Desde então, Pablo, o suspeito, não foi mais visto. A irmã acredita que ele tenha fugido para Minas Gerais, onde tem família. O número de celular usado por ele parou de funcionar e a foto do perfil foi alterada.

Após a morte, surgiram relatos de violência. “Ela apanhava, ele batia nela, trancava dentro de casa”, contou Luana. Havia sinais de luta corporal e bitucas de cigarro no local.

“Dizem que a gente não nasce grudada com ninguém, mas eu nasci. Dividimos a mesma placenta, estávamos sempre juntas”, diz a irmã, que hoje vive com o sentimento de ter perdido metade de si mesma. “Sinto raiva, ódio, e não posso fazer nada”, desabafa. Ela pede justiça, para que Luciana não seja mais um número nas estatísticas.

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Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que os laudos periciais ainda estão em elaboração. E que equipe de investigação segue colhendo depoimentos e realizando diligências para esclarecer os fatos.

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