Exclusivo: Imagens revelam mais 3 ocupantes em veículo que atropelou e matou cantor Adalto Mello
Teste do bafômetro realizado pelo condutor, único preso até o momento, revelou que ele estava embriagado no momento do acidente
SBT News
com informações da VTV
Imagens de câmeras de segurança obtidas pela VTV, afiliada do SBT, revelaram que quatro pessoas estavam no carro envolvido no atropelamento e morte do cantor Adalto Mello, de 39 anos, na madrugada de 29 de dezembro, em São Vicente, no litoral paulista. O cantor foi atingido enquanto pilotava sua motocicleta.
A advogada Sabrina Dantas, assistente de acusação, afirmou ao jornalismo do SBT que, após o atropelamento, três ocupantes do veículo – que já foram identificados – fugiram do local e não prestaram depoimento, deixando apenas Thiago Arruda Campos Rosas, de 32 anos, que acabou preso.
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O teste do bafômetro realizado com o condutor às 4h37 – quase duas horas após o atropelamento do cantor de pagode, que aconteceu às 2h38 –, revelou um nível de 0,82 mg de álcool por litro de ar expelido, mais do que o dobro do limite permitido pela legislação.
Veja o vídeo abaixo:
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Flagrante
Durante o flagrante, Thiago admitiu estar dirigindo o veículo, mas alegou que a motocicleta de Adalto surgiu repentinamente à sua frente, o que não lhe deu tempo de desviar ou frear.
Contudo, as imagens de câmeras de segurança e os depoimentos de testemunhas contradizem a versão da defesa. Os elementos serão analisados pelo Ministério Público (MP) na sequência das investigações.
O caso, segundo a advogada, é configurado como homicídio doloso, pois Thiago teria assumido o risco ao dirigir embriagado e em alta velocidade.
“As provas são contundentes. Imagens mostram os quatro descendo do carro após o atropelamento”, explicou.
O caso, que inicialmente foi registrado como homicídio culposo (quando não há intenção de matar) na direção de veículo automotor, foi alterado para homicídio com dolo eventual, quando o motorista assume o risco de matar, pelo delegado Daniel Pereira de Sousa, da Delegacia de São Vicente.
Bafômetro
Horas antes do acidente, Thiago publicou um vídeo nas redes sociais, mostrando uma confraternização de fim de ano em uma cobertura com piscina. "Aquela resenha de fim de ano", escreveu o bancário, que aparece nas imagens com um copo na mão.
De acordo com os policiais que atenderam a ocorrência, o motorista apresentava fala pastosa, olhos avermelhados e andar cambaleante.
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Sigilo na investigação
A defesa de Thiago, representada pelo advogado Mario Badures, pediu o sigilo dos autos no dia 31 de dezembro, alegando que tal medida protegeria os envolvidos e evitaria prejuízos à investigação.
Entretanto, o promotor de Justiça Carlos Eduardo Viana Cavalcanti se manifestou contra o pedido, destacando que não havia justificativa concreta para a imposição de sigilo no caso.
O juiz Eduardo Hipólito Haddad, responsável pela análise do pedido, defendeu a transparência do processo e ressaltou a importância da atuação da imprensa no acompanhamento do caso.
Ele pontuou que a publicidade dos atos não comprometeria a segurança de Thiago e seria fundamental para garantir a credibilidade da investigação e da Justiça.