Estuprador em série é preso em Belo Horizonte após não retornar de saidinha temporária
Ronaldo Nobre dos Santos estava foragido desde 2018; polícia investiga outros crimes cometidos por ele durante fuga
Ronaldo Nobre dos Santos, conhecido como “Coxinha”, foi preso no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, na terça-feira (23). O criminoso, condenado a 22 anos de prisão pela prática de estupro, homicídio, roubos, furtos e ameaças, estava foragido do sistema penitenciário de Minas Gerais desde 2018, após não retornar de uma saída temporária.
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Morador de rua e usuário de drogas, Ronaldo é conhecido por ser um estuprador em série. Normalmente, ele ameaçava suas vítimas com uma faca, violentando-as sexualmente em seguida. Os crimes eram praticados especialmente nas regiões dos bairros Salgado Filho, Betânia, Grajaú, Nova Granada, Morro das Pedras e Carlos Prates.
Segundo o Ministério Público mineiro, Ronaldo foi identificado após dar entrada no hospital. Apesar de estar sem documentos, ele foi reconhecido por uma pessoa do local, que fez uma denúncia anônima. A identificação do criminoso foi possível devido às características e tatuagens, as quais já estavam incluídas no sistema penitenciário do Estado.
“Ele é considerado um indivíduo de alta periculosidade, principalmente para as mulheres da região de Belo Horizonte. As vítimas dele eram sempre mulheres que andavam sozinhas a caminho do trabalho, a caminho de casa, de manhã ou de noite. Por isso, tratamos o caso com alta relevância”, disse a promotora de Justiça Paloma Coutinho.
Além das condenações, Ronaldo responde a processos por crime de estupro, seguido de homicídio, praticado no bairro Betânia, em novembro de 2022, e roubo seguido de estupro, no bairro Salgado Filho, em abril de 2021. Existem ainda outras investigações em curso que podem comprovar se ele foi o autor de outros estupros na Região Metropolitana de Belo Horizonte, incluindo um crime ocorrido em março de 2024 no bairro Alto Barroca.
Prisão com o nome do primo
Em 2023, Ronaldo foi preso em flagrante praticando um roubo. Na época, ele se apresentou com um nome falso, usando a identidade de um primo. Quando teve direito à saída temporária, o criminoso fugiu e não retornou ao sistema penitenciário.
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A identidade falsa foi descoberta após o primo de Ronaldo ser preso. Aos policiais, ele informou que não havia recebido uma sentença por roubo, o que levou os agentes a pedirem um exame datiloscópico – impressões digitais. O resultado confirmou o depoimento do primo e Ronaldo foi inserido no sistema de busca do Ministério Público.