Disputa por guarda da filha motivou assassinato de técnica de enfermagem no Rio, aponta investigação
Mulher teria oferecido R$ 20 mil pelo crime para ficar com a guarda da criança; dois homens já foram presos.
Bruno Assunção
A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou nesta terça-feira (11) Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário como a mandante do assassinato da técnica de enfermagem Laís Pereira, de 26 anos, morta no dia 5 de novembro, em Sepetiba, na zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo as investigações, o crime foi motivado por disputa de guarda da filha da vítima.
De acordo com o delegado Robinson Gomes, responsável pelo caso, Gabrielle teria arquitetado o crime para obter a guarda exclusiva da criança, fruto do relacionamento entre Laís e o atual companheiro da suspeita.
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As apurações revelam que Gabrielle apresentava comportamento possessivo em relação à menina e chegou a inventar acusações de abuso contra Laís para afastá-la da filha.
Ela teria oferecido R$ 20 mil para Davi de Souza Malto e Erick Santos Lasnor executarem a técnica de enfermagem.
Prisões e operação policial
A mandante está com mandado de prisão expedido e é procurada pela polícia. Imagens que circulam nas redes sociais mostram moradores acompanhando a ação dos agentes em Imbariê, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, gritando “pega ela” enquanto a operação era realizada.
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Na segunda-feira (10), a polícia prendeu Davi de Souza Malto, de 24 anos, apontado como o autor do disparo. Ele foi identificado por imagens de câmeras de segurança e denunciado pela própria mãe, Kelly da Silva Souza, que o reconheceu nas gravações.
Erick Santos Maria, o motociclista que participou da execução, já havia sido preso na sexta-feira (7).
Laís foi assassinada em frente ao filho mais novo, de apenas dois anos. A técnica de enfermagem havia se mudado para Sepetiba há apenas dois meses.
Relembre o caso
A técnica de enfermagem Laís Pereira, de 24 anos, foi morta no dia 5 de novembro, em Sepetiba, zona oeste do Rio de Janeiro. Ela foi baleada na nuca enquanto empurrava o carrinho com o filho de dois anos.
Imagens de câmeras de segurança mostram Davi de Souza Malto e Erick Santos Maria em uma motocicleta circulando por uma viela. Logo depois de entrarem e retornarem, Laís aparece empurrando o carrinho onde estava a criança, que não ficou ferida.
Segundo uma testemunha que preferiu não se identificar, Davi que estava na garupa desceu da moto e atirou contra a jovem. Laís morreu na hora.
De acordo com relatos, Laís havia deixado a outra filha de 4 anos na escola e, no caminho de volta para casa, foi assassinada. O carrinho da criança ficou ao lado do corpo da vítima.
O corpo foi sepultado na quinta-feira (6) no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, também na Zona Oeste do Rio.
