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Polícia

Na zona leste de SP, assaltos em porta de escolas assustam pais e alunos

Crimes ocorrem em horários de grande circulação de estudantes; SBT teve acesso a imagens de assaltos flagradas por câmeras de segurança

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Dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo apontam que, apenas em janeiro deste ano, foram registrados 2.425 roubos a pedestres no estado de São Paulo, uma média de 78 por dia. Cerca de 11% desses crimes ocorreram entre 6h e 7h30 da manhã e entre 11h30 e 13h30, horários de grande circulação de estudantes.

Uma onda recente de assaltos à caminho das escolas tem atormentado pais, estudantes e frequentadores de bairros onde há escolas na zona leste da capital paulista.

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Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em quer um motociclista passa por uma rua na zona leste. Poucos segundos depois, uma mulher e uma criança correm pelo meio da via. A mulher é Maryna Mota, que levava um dos filhos para a escola quando reconheceu o assaltante que a havia roubado uma semana antes no mesmo local.

“Eu vim daqui e ele veio me perseguindo desde lá de baixo”, conta. Maryna. “Ele me pegou ali na frente, onde virou o carro. Ele disse: ‘Passa o celular e a aliança’, e eu respondi que não tinha nenhum dos dois. Naquele dia, eu realmente estava sem nada. Ele foi embora, mas ficou rodando ali”, relembra.

Moradores e frequentadores da região estão assustados com a violência. Outro vídeo mostra uma mulher e duas crianças sendo rendidas enquanto voltavam para casa. “Tem que ficar atento o tempo todo, olhando para todos os lados”, disse Laís Costa, dona de casa.

Em Poá, na Grande São Paulo, nem a movimentação dos estudantes na calçada inibiu os ladrões. Um dos jovens foi obrigado a entregar o tênis.

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O professor de Direito Penal e Criminologia Pedro Lazarini Neto alerta para a necessidade de evitar a ostentação. “Com relação aos estudantes, é importante não exibir objetos de valor. Evitar falar ao telefone na rua e não ostentar tênis ou bicicletas que possam chamar atenção dos criminosos.”

Muitos moradores tentam se proteger saindo de casa sem carregar pertences. “Eu saio sem nada, exatamente nada. Sem relógio, sem celular, sem nada”, contou Alessandra Ramos, técnica de enfermagem.

Os assaltos ocorrem principalmente nos horários de entrada e saída dos alunos. Pais temem pela reação dos filhos em abordagens criminosas. “Ele mostrou a arma pra mim e começou a assaltar minha mãe”, relatou um estudante que preferiu não se identificar.

Especialistas afirmam que o aumento do policiamento pode ajudar a reduzir a criminalidade

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