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Polícia

Construtora é suspeita de causar prejuízo de R$ 200 milhões em golpes contra mais de mil vítimas

Polícia investiga diversas irregularidades e suspeita que o modelo de captação de recursos da construtora funcione como uma pirâmide financeira

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A Polícia de São Paulo está investigando uma empresa que se apresenta como construtora de imóveis, suspeita de aplicar golpes financeiros em mais de mil pessoas. A estimativa é que o prejuízo total ultrapasse os R$ 200 milhões.

De acordo com as investigações, o esquema funcionava por meio da promessa de participação nos lucros de empreendimentos imobiliários da Neoin. Durante as obras, os investidores — na maioria pessoas físicas — recebiam juros de até 30% ao ano, valor bem acima da média do mercado, pelo dinheiro aplicado. Ao final do contrato, com a conclusão das construções, os investidores receberiam uma porcentagem das vendas.

Neste ano, a empresa parou de pagar os juros prometidos. A polícia investiga diversas irregularidades e suspeita que o modelo de captação de recursos da construtora funcione como uma pirâmide financeira, em que o dinheiro dos novos investidores era utilizado para pagar os rendimentos dos antigos.

O advogado Jorge Calazans, especialista em golpes financeiros, explica: "são diversos crimes que podem ter sido cometidos. Desde crimes contra o sistema financeiro, a partir do momento que eles se comportam como uma instituição financeira e também captam investidores sem autorização do órgão que regula esse tipo de conduta. Fora os estelionatos em sequência, são milhares de vítimas que podem ter sido lesadas até por uma suposta pirâmide financeira. Isso tem que ser apurado, até possível lavagem de dinheiro".

Procurada, a Neoin não se manifestou. A Superintendência de Seguros Privados (Suse) informou que a a empresa não tem autorização para a atuar como seguradora e não pode emitir apólice de seguro.

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