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Colégio de São Paulo investiga caso de racismo e antissemitismo contra professor

Aluno do Colégio Santa Cruz teria entregado uma suástica a um professor de filosofia

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O Colégio Santa Cruz, localizado na zona oeste de São Paulo, abriu uma investigação interna para apurar casos de racismo e antissemitismo praticados por alunos da instituição.

O caso teria envolvido a entrega de uma suástica (símbolo em referência ao nazismo) a um professor de filosofia, na última quinta-feira (9).

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Em carta aberta para pais e alunos da instituição, o grêmio estudantil repudiou a ação e afirmou que se mobilizou em relação ao caso.

Veja a carta na íntegra:

"Caros alunos, pais, educadores e membros da comunidade, vimos por meio desta expressar nosso repúdio ao ocorrido nesta data (9/10), reafirmar que o ato de violência cometido é injustificável e oferecer nossa mais sincera solidariedade ao professor Antônio de filosofia.

Que um aluno desta escola tenha tido o atrevimento e o desrespeito de entregar uma suástica nas mãos de um professor nos envergonha e horroriza profundamente. Não bastando, somam-se a esse episódio manifestações de intolerância que vêm se repetindo entre os alunos nos últimos anos, violência cruel e injustificada que tem se alastrado impune.

Ainda assim, não percam a esperança: Mobilizemo-nos. Acordemos. Dessa vez não deixaremos passar, não de novo. Devemos nos manifestar e não podemos permitir o desrespeito. É dever dessa comunidade ter certeza que atos violentos não sejam normalizados, não dar aos transgressores a impressão de que compactuamos.

Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para cumprir com esse dever e apelamos à comunidade que se una no combate ao ódio e à intolerância.", diz a carta.

O que diz a escola?

Em nota, o colégio afirmou que os atos ferem os valores da instituição. A escola também informou que alunos do Ensino Médio organizaram manifestações de repúdio aos episódios, reafirmando o compromisso coletivo com o combate a todas as formas de preconceito e violência.

A iniciativa, segundo a direção, demonstra uma compreensão coletiva da importância da convivência ética e do respeito nas relações humanas.

Caso anterior

No início de janeiro, o mesmo colégio suspendeu 34 alunos do ensino médio acusados de praticar cyberbullying contra colegas. Os ataques ocorreram em grupos de WhatsApp e envolviam trotes, regras de comportamento impostas a calouros e mensagens com teor racista, machista, homofóbico e capacitista.

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De acordo com a escola, alguns estudantes foram suspensos por dois dias, enquanto outros receberam punições por tempo indeterminado. A instituição convocou os pais dos envolvidos para uma reunião, no auditório do colégio, e informou que também adotará medidas educativas complementares.

Em nota, o Santa Cruz afirmou na ocasião que segue "firme" na "aplicação de medidas educativas e sanções aos alunos diretamente envolvidos no episódio das agressões em grupos de WhatsApp". O colégio declarou que está intensificando o trabalho de "construção de um ambiente respeitoso em conjunto com os alunos, famílias e educadores".

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