Polícia

Caso Emanuelly: o que se sabe sobre morte de menina encontrada concretada em Guarulhos (SP)

Criança de 3 anos ficou desaparecida por dois meses até polícia localizar corpo enterrado na casa do pai; ele e a madrasta foram presos

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O pai e a madrasta de uma menina de 3 anos foram presos, na noite desta quinta-feira (27), por suspeita de envolvimento na morte da garota. Emanuelly Lourenço Silva Souza foi encontrada concretada na lavanderia da casa onde vivia com os dois, em Guarulhos, na Grande São Paulo, após mais de dois meses desaparecida.

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O assassinato da garota teria acontecido no dia 15 de setembro, dois dias antes dela completar 4 anos. Lucas Silva Souza afirmou à polícia que, no dia, chegou do trabalho e encontrou a filha "gelada", deitada no sofá e já sem vida.

Ele disse que a madrasta, Manoela Cristina César, contou ter brigado com a criança. O casal decidiu então enterrar o corpo na área interna da residência. Lucas relatou ainda que Manoela esquartejou Emanuelly, enquanto ele "assistiu" e ajudou a enterrar.

A madrasta contou outra versão: disse que a criança passou o dia "quietinha" e "quase imóvel", e que alertou Lucas que a menina ainda respirava. Não houve tentativa de socorro. Ela admitiu que ajudou a ocultar o corpo, mas negou ter participado do esquartejamento.

Manoela Cristina e Lucas, madrasta e pai de Emanuelly | Reprodução
Manoela Cristina e Lucas, madrasta e pai de Emanuelly | Reprodução

Desaparecimento

O desaparecimento de Emanuelly durou mais de dois meses. A mãe da menina procurou o Conselho Tutelar após desconfiar da falta de contato com a filha. Lucas havia dito repetidamente que a criança estava com o próprio Conselho Tutelar, o que não era verdade.

Uma conselheira relatou à polícia que, ao visitar a casa onde a garota morava, a madrasta afirmou que Emanuelly estava com a mãe – o que era impossível, já que foi a própria mãe quem acionou o órgão e não tinha informações da criança.

As contradições fizeram a equipe retornar mais tarde com policiais. Pressionado, Lucas confessou que a filha estava morta e indicou o local onde havia enterrado a menina. Ele quebrou o piso com um machado e um martelo e os policiais confirmaram a presença do corpo.

Emanuelly Lourenço Silva Souza foi morta dois dias antes de completar 4 anos | Reprodução
Emanuelly Lourenço Silva Souza foi morta dois dias antes de completar 4 anos | Reprodução

Madrasta tinha ciúme da criança

O pai afirmou à polícia que Manoela não gostava de Emanuelly porque a criança "se parecia com a mãe", com quem ela tinha conflitos.

Aos policiais, Manoela chamou a mãe da menina de "louca e ciumenta" e demonstrou irritação quando questionada sobre o paradeiro da criança – comportamento que levantou suspeitas no Conselho Tutelar .

Há ainda registros de agressões anteriores envolvendo Lucas e Gabriella, indicando histórico de violência familiar.

Prisão em flagrante

Lucas e Manoela foram presos em flagrante por ocultação de cadáver e são investigados por homicídio qualificado, com o agravante de ter sido cometido contra menor de 14 anos e por ascendente (no caso, pai e madrasta). Eles passaram por audiência de custódia na manhã desta sexta-feira (28) e, de acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, tiveram a prisão convertida em preventiva.

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