Casal é preso por extorquir R$ 600 mil em falsos encontros
Líder de quadrilha ostentava luxo nas redes sociais e aplicava golpes em aplicativos e sites de relacionamento
Américo Soares
A Polícia Civil do Espírito Santo prendeu a líder de uma quadrilha que ostentava uma vida de luxo nas redes sociais enquanto aplicava golpes de extorsão pela internet. O grupo é responsável por movimentar mais de R$ 600 mil em menos de seis meses. Eles usavam perfis falsos em aplicativos de relacionamento para atrair as vítimas. Até o momento, há registros de vítimas em mais de dez cidades diferentes.
As investigações da “Operação Luxúria” começaram após o registro de uma ocorrência na Delegacia de Vila Valério, em que uma vítima relatou ter perdido R$ 30 mil para o grupo criminoso. A partir desse caso, os policiais identificaram outras ocorrências semelhantes, com o mesmo modo de atuação.
Ameaças com vídeos de execuções
De acordo com a polícia, a líder mantinha perfis em sites e, após conquistar a confiança das vítimas, passava a praticar extorsões por meio de ameaças, como “destruir” a vida das pessoas e que divulgaria conversas e contatos para familiares. Em algumas situações, vídeos de execuções eram enviados como forma de intimidação.
Contas bancárias em nome de terceiros foram utilizadas, além da contratação de empréstimos. Apesar de não possuir vínculo formal de trabalho, a líder da quadrilha publicava fotos e vídeos em redes sociais em destinos turísticos e caros como Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e em Maragogi e Jericoacoara, no nordeste brasileiro.
Dinheiro de extorsão usado em cirurgia plástica
Segundo a investigação, parte do dinheiro obtido com as extorsões foi usada recentemente para financiar cirurgias plásticas da filha da líder do grupo. Durante a operação, a polícia apreendeu um veículo avaliado em R$ 120 mil, relógios, óculos, perfumes importados e dinheiro em espécie.
A Justiça autorizou o cumprimento de três mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de bens e valores e da quebra do sigilo financeiro dos investigados.









