Câmera flagra momento em que homem incendeia sofá; quatro morrem em abrigo
Suspeito joga líquido inflamável no móvel e fogo se espalha rapidamente; homem foi preso

Primeiro Impacto
Câmeras de segurança flagraram o momento em que um homem identificado com Leandro Rangel coloca fogo em um sofá. O fogo se espalha e destrói um abrigo em São José dos Campos, interior de São Paulo. Quatro pessoas morreram e nove ficaram feridas. O crime, segundo a polícia, foi motivado por uma discussão entre ele e a coordenadora do espaço.
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No local, dedicado a pessoas em situação de vulnerabilidade, havia 22 pessoas, sendo seis delas impossibilitadas de locomoção. Elas foram resgatadas por bombeiros pelas janelas da casa. Os feridos foram encaminhados para pronto socorros da região.
Imagens de segurança mostram Leandro chegando de bicicleta, encostando-a em um muro e seguindo para o sofá, que está na frente do abrigo. Três minutos depois, as primeiras chamas tomam conta do brechó onde o incêndio começou, se alastrando rapidamente para a casa de repouso.
Márcia Aparecida da Silva, de 60 anos, Hélio Gonçalves Tobias, de 52, Regiane Soarez, de 53, e Moisés Felipe, de 52, morreram carbonizados. Outros nove feridos não correm risco de morrer.
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Preso em flagrante
A polícia foi acionada assim que o fogo começou a se espalhar. Um cerco foi montado nas ruas próximas, e Leandro Rangel foi encontrado e preso em flagrante. De acordo com a polícia, ele já tinha várias passagens criminais. Na delegacia, confessou o crime e disse que agiu por conta de uma discussão com a dona do abrigo.
Destruição e incerteza
A ONG responsável pelo abrigo funcionava no local há quatro anos e dependia exclusivamente de doações. Com a destruição do prédio, os sobreviventes estão sendo transferidos para outros espaços. A coordenadora da entidade, Andrea Lapena, disse que ainda não sabe como recomeçar.
"O espaço era mantido apenas por doações. Agora, não sabemos como vamos seguir em frente", lamentou.
O incêndio também atingiu uma loja de aluguel de trajes ao lado. A proprietária, Cláudia, perdeu cerca de 500 vestidos e revelou que não tinha seguro.
"Já estava tudo uma bagunça, e a prefeitura não fez nada", disse, indignada.