Advogada é presa suspeita de envolvimento com facção criminosa na Bahia
Investigações aponta ligação entre Poliane França Gomes e líderes do 'Bonde do Maluco'

SBT Brasil
Uma megaoperação contra o crime organizado mobilizou mais de 200 policiais civis para cumprir 15 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão na Bahia, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
Uma das detenções de maior repercussão foi a da advogada Poliane França Gomes, presa na periferia de Salvador. Segundo a investigação, ela mantinha um relacionamento com Leandro Fonseca, líder da facção Bonde do Maluco (BDM).
A ação teve como objetivo desarticular uma quadrilha envolvida em tráfico de drogas, extorsão e lavagem de dinheiro.
Na Bahia, os mandados foram cumpridos em Feira de Santana, Camaçari, Lauro de Freitas e Salvador. Ao todo, seis mulheres estão entre os presos.
Qual era o papel da advogada dentro da facção?
De acordo com a Polícia Civil, Poliane seria responsável por reorganizar territórios dominados pelo grupo, manter comunicação direta entre lideranças e integrantes presos, articular cobranças e repasses internos e desempenhar funções típicas de membros da facção, segundo os investigadores.
A prisão dela foi acompanhada por uma representante da OAB-BA, que afirmou, em nota, que a entidade vai investigar eventuais infrações ético-profissionais cometidas pela advogada.
Na casa de Poliane, foram encontrados R$ 190 mil em espécie, veículos, joias, celulares e documentos ligados à organização criminosa.
Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 100 milhões em contas bancárias e investimentos vinculados a 26 pessoas físicas e jurídicas.
A operação também confiscou bens utilizados no esquema de lavagem de dinheiro, como: haras, veículos de luxo e até mesmo uma usina de energia solar, apontada pelos investigadores como instrumento para ocultação de recursos.
Segundo a Polícia Civil, a ação desmonta um importante braço financeiro e operacional da facção, atingindo diretamente o fluxo de dinheiro ilícito e a estrutura administrativa dos criminosos.
Os investigadores afirmam que o trabalho representa um avanço no combate à organização, especialmente pela identificação de profissionais que atuavam para dar suporte logístico e jurídico ao grupo.









