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Operação para prender suspeito de matar soldado da Rota gera pânico no Guarujá

Ouvidor das Polícias de São Paulo confirma pelo menos 10 mortes e apura denúncias de abuso policial

Operação para prender suspeito de matar soldado da Rota gera pânico no Guarujá
policiais durante operação no Guarujá
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A Operação Escudo, deflagrada pelo Governo de São Paulo em resposta à morte de um soldado da Rota, na última 6ª feira (28.jul), causou pânico em comunidades do Guarujá, litoral paulista, durante todo o fim de semana. Enquanto isso, perfis de policiais nas redes sociais comemoraram a reação violenta e as mortes causadas pela ação.

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Moradores da região denunciam que policiais torturaram e mataram inocentes durante a operação. Segundo relatos, os agentes invadiram residências, encapuzados, atrás de pessoas envolvidas no crime contra o PM da Rota.

Um policial, em um perfil no Instagram, se vangloriou das mortes. Em um vídeo, com trecho da música "Rotomusic De Liquidificapum", do Pato Fu, cuja letra diz que "hoje as pessoas vão morrer. Hoje as pessoas vão matar. O espírito fatal e a psicose da morte estão no ar", ele afirmava: não vamos ao velório do amigo sem antes promover o do inimigo.

Em outra publicação, o soldado Diogo Raniere Rodrigues Lima atualizava o "placar" de mortos: 12 a 1.

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Segundo o Ouvidor das Polícias de São Paulo, Claudio Aparecido da Silva, pelo menos 10 pessoas morreram durante a operação. A ouvidoria vai apurar as denúncias de abuso policial no litoral.

Em coletiva de imprensa na manhã desta 2ª feira (31.jul), o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que as denúncias de tortura nas comunidades do Guarujá não "passam de narrativa".

O governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também defendeu a operação. "Não houve hostilidade, não houve excesso. Houve uma atuação profissional", disse ele na mesma coletiva.

Policial da Rota morto no Guarujá

O soldado Patrick Bastos Reis, do 1º Batalhão de Polícia de Choque da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), morreu após ser baleado no tórax, com um disparo de pistola 9mm, quando realizava um patrulhamento com outros três policiais nas proximidades da comunidade Vila Zilda, no Guarujá, na noite de 5ª feira (27.jul). Patrick, que tinha 30 anos, estava na corporação há 5 anos. Ele deixou a esposa e um filho de dois anos.

Patrick Bastos Reis, da Rota, tinha 30 anos | Reprodução/Redes sociais

Na 6ª feira (28.jul), Derrite afirmou que o governo não iria descansar enquanto não achasse os responsáveis pela morte do policial da Rota. "Não vamos descansar enquanto não acharmos os responsáveis por esse crime", disse ele em seu Twitter.

O suspeito de ter atirado no soldado Reis, Erickson David da Silva, se entregou à Corregedoria da Polícia Militar, no início da noite de domingo (30.jul). Em um vídeo, que circula nas redes sociais, o suspeito disse que estava se entregando para que o governo terminasse com a "matança".

"Eu quero falar para o Tarcísio e o Derrite parar de fazer a matança, matando uma pá de gente inocente, querendo pegar minha família, sendo que eu não tenho nada a ver. Estão me acusando aí, eu vou me entregar, não tem nada a ver", disse Erickson.
 

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