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Polícia

Polícia Civil do DF desarticula quadrilha suspeita de dar golpes usando a fé

Falsos pastores prometiam retornos financeiros irreais, como um "octilhão de reais" em troca de doações feitas por fiéis nas redes sociais

Imagem da noticia Polícia Civil do DF desarticula quadrilha suspeita de dar golpes usando a fé
Polícia Civil do DF chaga a um dos endereços da quadrilha que enganava fiéis | Reprodução
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A Polícia Civil do Distrito Federal realizou uma operação contra um grupo suspeito de aplicar golpes se passando por líderes religiosos. Segundo as investigações, os criminosos usavam as redes sociais para pedir doações, prometendo retornos financeiros exorbitantes.

Um empresário, que preferiu não se identificar, relatou ter sido abordado por um dos líderes do esquema em 2020. "Ele ofereceu um contrato de bilhões e bilhões, dizendo que seria pago em, no máximo, três meses", contou a vítima.

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O homem acabou transferindo R$ 300 mil para o suposto pastor, que alegava ser dono de títulos do Tesouro Nacional. No entanto, tais documentos não existem. "Um tremendo enganador. Ele falava que a letra dele era a letra do tesouro mundial, que nem sequer existe", afirmou a vítima.

Esquema milionário e operação da polícia

A Polícia Civil estima que cerca de 50 mil pessoas tenham sido vítimas do grupo criminoso, que vem sendo investigado há mais de dois anos. Nesta quinta-feira, dia 30, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em seis estados e no Distrito Federal.

"Nós demos prioridade a quinze alvos preferenciais, que são aqueles responsáveis pela coordenação da organização criminosa e que têm um poder de mando sobre os demais", disse o delegado Marco Aurélio Sepúlveda.

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O líder do esquema já tinha condenação

Um dos líderes do esquema, o autointitulado pastor Osório José Lopes Júnior, já havia sido condenado por estelionato. Ele usava as redes sociais para atrair fiéis e arrecadar doações. Em um dos vídeos divulgados nas redes, ele incentiva os seguidores a realizarem transferências: "Você me oferta 500 reais. Continua o Pix aqui, vocês vão receber!", dizia o falso pastor.

Nos últimos cinco anos, o grupo criminoso, composto por cerca de 200 pessoas, abriu mais de 40 empresas de fachada e movimentou mais de R$ 160 milhões. Apesar de quatro integrantes já terem sido presos e condenados por estelionato, os golpes continuaram.

Em um dos casos mais absurdos, uma vítima foi convencida a depositar R$ 25 sob a promessa de receber um retorno de *um octilhão de reais*, o equivalente ao número 1 seguido de 27 zeros.

A equipe do SBT tentou contato com a defesa de Osório José Lopes Júnior, mas não obteve respostas.

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