Caso Adalberto: Exame descarta uso de drogas e álcool e contraria versão de amigo
Resultado preliminar do IML aponta ausência de substâncias no corpo do empresário encontrado em Interlagos; laudo aponta morte por asfixia
Fabio Diamante
Robinson Cerantula
Um laudo preliminar do Instituto Médico Legal a que o SBT Brasil teve acesso mostra que o empresário Adalberto Amarilio Junior, morto após evento de motociclistas em Interlagos, não consumiu álcool nem de drogas no dia do evento. O resultado do exame na urina ainda não foi finalizado, mas a causa da morte já foi determinada: Adalberto morreu por asfixia. A forma e o momento em que isso aconteceu ainda estão sendo analisados pelos peritos. A reportagem completa sobre o caso será exibida no SBT Brasil, a partir de 19h45.
O resultado contraria o depoimento de Rafael Albertino Aliste, amigo que acompanhava Adalberto no evento no autódromo. Segundo Rafael, ambos teriam consumido oito copos de cerveja e fumado maconha.
Rafael foi ouvido durante todo o dia nesta quinta-feira (12) no Departamento de Homicídios. Primeiro, ele prestou depoimento por três horas aos policiais que investigam a morte de Adalberto. Em seguida, respondeu às perguntas dos agentes responsáveis pelo perfilamento criminal, uma técnica que analisa características comportamentais e psicológicas de autores de crimes a partir de depoimentos de testemunhas.
Todos concluíram que Rafael não contou tudo o que sabe — especialmente sobre o que aconteceu durante o evento que reuniu motociclistas no autódromo, no dia 30 de maio. Ele repetiu o primeiro depoimento, dado antes mesmo de o corpo do empresário ser encontrado, 4 dias após o evento.
O empresário foi localizado morto, sem calça e sem sapatos, dentro de um buraco. Ele chegou sozinho ao local, na hora do almoço, encontrou-se com Rafael à noite e desapareceu depois de mandar uma mensagem para a esposa dizendo que iria embora para casa.
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Enquanto aguardam os resultados finais dos laudos, os policiais também investigam a vida pessoal e outros relacionamentos do empresário.
Os investigadores refizeram o caminho feito por Adalberto, desde o estacionamento onde o carro estava até a área do evento. Já se sabe que ele parou o veículo em uma área não permitida, dentro do autódromo. No trajeto a pé, passou por grades e tapumes. Seguranças que trabalhavam no local podem ter abordado o empresário. Esses vigilantes serão ouvidos nos próximos dias.